São Paulo, quinta-feira, 27 de agosto de 2009

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Acidente freou pretensões presidenciais

DE WASHINGTON

A unanimidade pós-morte de Ted Kennedy reflete um respeito conquistado pelo senador nas duas últimas décadas e meia de uma carreira de quase cinco. Veio só depois de ele sair de cena da disputa pela Casa Branca e decidir dedicar a vida ao Legislativo, onde seria chamado de "Leão do Senado".
Antes, era alvo de oposição pesada dos republicanos, e os apelidos eram menos encantadores. "O Kennedy Playboy" era um deles. "Príncipe-herdeiro" era outro. Caçula de quatro irmãos homens -o primeiro, Joseph, morreu na Segunda Guerra-, Ted tentou seguir os passos de John e Robert.
Em 1980, após ensaiar sair em chapas em 1972 e 1976, levou a disputa com o então presidente Jimmy Carter até a convenção do partido, em agosto, quando desistiu. Em 1985, abriu mão de concorrer à vaga do partido antes mesmo de se lançar.
Em todas as vezes, pesavam sobre ele episódios de abuso de álcool e drogas e principalmente o acidente de Chappaquiddick, em 1969, quando o carro que dirigia voou de uma ponte nessa ilha de Massachusetts, matando afogada Mary Jo Kopechne, jovem ex-assessora de Robert. Os dois tinham acabado de sair de uma festa.
Só houve contato entre o senador e a polícia no dia seguinte. Esse e outros episódios polêmicos e trágicos -Ted enterrou os dois irmãos e três sobrinhos- eram seguidos avidamente pelo público, que considerava os Kennedy "a Família Real americana", na frase de mais de um analista político. (SD)


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