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Acidente freou
pretensões presidenciais
DE WASHINGTON
A unanimidade pós-morte de Ted Kennedy reflete um respeito conquistado pelo senador nas
duas últimas décadas e
meia de uma carreira de
quase cinco. Veio só depois de ele sair de cena da
disputa pela Casa Branca e
decidir dedicar a vida ao
Legislativo, onde seria
chamado de "Leão do Senado".
Antes, era alvo de oposição pesada dos republicanos, e os apelidos eram
menos encantadores. "O
Kennedy Playboy" era um
deles. "Príncipe-herdeiro"
era outro. Caçula de quatro irmãos homens -o primeiro, Joseph, morreu na
Segunda Guerra-, Ted
tentou seguir os passos de
John e Robert.
Em 1980, após ensaiar
sair em chapas em 1972 e
1976, levou a disputa com
o então presidente Jimmy
Carter até a convenção do
partido, em agosto, quando desistiu. Em 1985,
abriu mão de concorrer à
vaga do partido antes mesmo de se lançar.
Em todas as vezes, pesavam sobre ele episódios de
abuso de álcool e drogas e
principalmente o acidente
de Chappaquiddick, em
1969, quando o carro que
dirigia voou de uma ponte
nessa ilha de Massachusetts, matando afogada
Mary Jo Kopechne, jovem
ex-assessora de Robert. Os
dois tinham acabado de
sair de uma festa.
Só houve contato entre
o senador e a polícia no dia
seguinte. Esse e outros
episódios polêmicos e trágicos -Ted enterrou os
dois irmãos e três sobrinhos- eram seguidos avidamente pelo público, que
considerava os Kennedy
"a Família Real americana", na frase de mais de
um analista político.
(SD)
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