DE NOVA YORK

O chanceler Celso Amorim criticou ontem o endurecimento das regras de imigração em pacto aprovado pelo Conselho de Ministros da União Européia em reunião na véspera.
"É uma incoerência, em uma era em que todo o mundo propala a necessidade da globalização, de liberdade de movimento de capitais, de mercadorias e de serviços, você limitar o movimento de pessoas -sobretudo com base, muitas vezes, em perfis discriminatórios", disse ele, fazendo coro com o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na 63ª Assembléia Geral da ONU, na terça-feira, no qual disse que essas restrições freqüentemente têm motivação "racista".
Mais cedo, o Itamaraty havia enviado nota oficial criticando a reunião de ministros de Justiça europeus, cuja decisão "generaliza critérios" e abre margem a controles atentatórios aos direitos humanos.
Sobre a aproximação entre Rússia e Venezuela -com promessa de intensificação de parcerias, entre elas militar e de energia nuclear, que formam um eixo que incomoda os EUA-, Amorim declarou que é contra trazer problemas para a região.
"A Venezuela é um país soberano, coopera com quem quiser. Não vejo problema. Só acho que não devemos importar outros problemas para a nossa região, sejam da onde for." (DANIEL BERGAMASCO)


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