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RELIGIÃO
Juiz manda tirar cruz de escola e causa revolta
DA REUTERS
Ministros e cardeais italianos se
uniram ontem para defender a
presença de crucifixos nas escolas
públicas do país, depois que um
tribunal ordenou que uma delas
tirasse o símbolo de suas paredes.
O tribunal, de L'Aquila (centro
da Itália), deu a ordem em resposta a uma demanda de Adel Smith,
muçulmano que não queria que
seus dois filhos vissem crucifixos
na escola primária onde estudam.
Na sentença, o juiz escreveu que
os crucifixos "mostram o desejo
inequívoco do Estado de pôr o catolicismo no centro do universo
em escolas públicas, sem consideração por outras religiões".
"Como alguém pode mandar
retirar um símbolo dos valores
básicos de nosso país? Isso ofende
a maioria dos italianos", disse o
cardeal Ersilio Tonini.
"Foi uma decisão ultrajante,
que deveria ser anulada.", disse o
ministro do Trabalho, Roberto
Maroni. O ministro da Justiça,
Roberto Castelli, disse que vai investigar a legalidade da decisão.
Duas leis ainda determinam
que as escolas devem expor crucifixos, ambas da década de 20.
Mas, desde 1984, quando o catolicismo deixou de ser a religião do
Estado, as leis não têm sido mais
aplicadas com rigor.
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