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Premiê italiano teve impostos espionados
Espionagem aconteceu no final do governo Berlusconi
DA REDAÇÃO
O premiê italiano Romano
Prodi, eleito em abril passado, e
sua mulher, Flavia, foram espionados nos dois últimos anos
do governo de Silvio Berlusconi, seu antecessor. Funcionários públicos checavam ilegalmente movimentações financeiras e as declarações de renda
do casal, segundo revelaram
promotores de Milão ontem.
Promotores estão investigando 128 pessoas acusadas de
participar da máfia de espionagem, incluindo funcionários da
Receita Federal italiana, da
Guardia di Finanza, a polícia
fiscal local, entre outras agências estatais.
O porta-voz do premiê, Silvio
Sircana, disse que Prodi está
"chocado e muito preocupado"
pelas revelações. A espionagem
não encontrou nenhuma irregularidade fiscal do casal.
Como a espionagem aconteceu no período em que Prodi
concorria ao governo italiano e
era o líder da oposição ao ex-premiê Silvio Berlusconi, as
suspeitas recaem sobre o último governo conservador.
"É óbvio que somente motivações políticas claras e inaceitáveis estão por trás dessas atitudes", acusou Gianclaudio
Bressa, deputado social-democrata, do partido de Prodi.
O porta-voz de Berlusconi
disse que não houve complô
contra Prodi e acusou o premiê
de tentar distrair a atenção dos
italianos. Além do casal Prodi,
outros políticos e celebridades
da televisão também tinham
seus dados fiscais devassados.
No mês passado, a polícia
prendeu um gerente e empregados da companhia telefônica
Telecom Italia por um caso de
grampos telefônicos a conhecidos executivos e empresários
italianos. Outros escândalos recentes de espionagem fizeram
o ministro do Interior, Giuliano Amato, determinar mudanças de pessoas no serviço secreto italiano.
Com agências internacionais
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