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SUCESSÃO NOS EUA / RETA FINAL
A oito dias da eleição, Obama e McCain miram Sudoeste
Candidatos buscam eleitores indecisos; McCain diz que ainda acredita em vitória
Democrata sustenta uma margem acima de 7 pontos; republicano tenta descolar de Bush e corteja Nevada, Colorado e Novo México
DA REDAÇÃO
Na reta final da corrida presidencial norte-americana, John
McCain e Barack Obama passaram o fim de semana cruzando
os Estados do Meio-Oeste em
busca do voto dos indecisos.
O foco dos candidatos em Colorado, Nevada e Novo México
sublinha a mudança no mapa
eleitoral nesta campanha.
Juntos os Estados somam 19
dos 270 votos necessários no
Colégio Eleitoral para conquistar a Presidência (a eleição é indireta nos EUA) e podem amenizar uma derrota de McCain,
por exemplo, em Estados de
maior peso, como Flórida, que
tem 27 votos, ou Ohio, com 20.
O republicano enfrenta uma
questão urgente, como ele mesmo admitiu, diante de uma platéia de cerca de mil pessoas, em
um evento no sábado em Albuquerque, Novo México: "A dez
dias da votação, estamos alguns
pontos atrás nas pesquisas e os
analistas já nos descartaram".
Ontem, em uma entrevista
ao programa "Meet the Press",
da NBC, o republicano minimizou os levantamentos. "Estamos indo bem", disse. "Conseguimos avançar na última semana e vamos avançar mais."
Segundo a média de pesquisas nacionais compilada pelo
site Real Clear Politics, Obama
tem uma vantagem de 7,6 pontos percentuais sobre o adversário, com 50,4% a 42,8%.
Ainda assim, o democrata segue fazendo campanha intensamente. Cerca de 12 horas depois da passagem do republicano por Albuquerque, Obama
esteve na cidade, onde participou de um encontro na Universidade do Novo México e lembrou que os resultados, apesar
de sua aparente vantagem, não
estão selados. "A mudança
nunca vem sem luta", disse.
Ontem, ele esteve no Colorado, Estado sem preferência
partidária clara onde as pesquisas o favorecem, e atraiu mais
de 100 mil pessoas a um comício, segundo estimativas da polícia local -um novo recorde.
Bush
Um dos motes da campanha
democrata tem sido associar a
imagem de McCain à do presidente George W. Bush, que enfrenta seus piores índices de
aprovação, na casa dos 20%.
"Não permitiremos que Bush
passe a tocha à McCain", disse
ele no comício de ontem.
O republicano se defendeu
ontem no "Meet the Press", dizendo que "respeita Bush, mas
que não é Bush". Ele apontou
que os dois discordam na condução de diversas questões, como a estratégia para a Guerra
do Iraque e os gastos públicos.
O embaraço de McCain, que
gosta de se apresentar como
um desgarrado do rebanho,
com o apoio de Bush a seu nome foi também alvo de sátira no
programa de humor "Saturday
Night Live" deste fim de semana, que tem aumentado sua audiência ao fazer dos republicanos tema de piada.
Com "New York Times" e agências internacionais
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