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Mortos em ataque de domingo chegam a 155; 24 eram crianças
DA REDAÇÃO
Autoridades iraquianas elevaram ontem para 155 o número de mortos no duplo ataque
suicida da véspera e confirmaram que, das vítimas, 24 eram
crianças que deixavam creche
próxima ao Ministério da Justiça -um dos alvos dos atentados- no momento da explosão.
Os ataques, contra prédios
governamentais nos arredores
da ultraprotegida Zona Verde,
foram os maiores no país em
dois anos. Em agosto, um ataque simultâneo de caminhões-bombas, também contra edifícios do governo, matara 102.
Ontem, centenas de iraquianos se reuniram nos locais dos
ataques da véspera para protestar contra o que consideram incapacidade do governo do premiê Nuri al Maliki de impedir a
ocorrência das ações terroristas -apesar da queda acentuada da violência recentemente.
O Iraque se prepara para realizar eleições legislativas no
próximo mês de janeiro, nas
quais Maliki tentará a reeleição. Os ataques comprometem
a plataforma de campanha do
premiê, baseada na melhora
das condições de segurança.
A relativa regularidade dos
atentados de grande porte no
Iraque levanta dúvidas também sobre a capacidade do governo iraquiano de assumir definitivamente a responsabilidade pelo combate ao terrorismo.
Ontem, Bagdá reiterou pedido à ONU para que investigue a
suposta participação de países
estrangeiros na "desestabilização" do Iraque. O primeiro pedido oficial havia sido feito logo
após os atentados de agosto.
Com agências internacionais
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