São Paulo, terça-feira, 27 de outubro de 2009

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Mortos em ataque de domingo chegam a 155; 24 eram crianças

DA REDAÇÃO

Autoridades iraquianas elevaram ontem para 155 o número de mortos no duplo ataque suicida da véspera e confirmaram que, das vítimas, 24 eram crianças que deixavam creche próxima ao Ministério da Justiça -um dos alvos dos atentados- no momento da explosão.
Os ataques, contra prédios governamentais nos arredores da ultraprotegida Zona Verde, foram os maiores no país em dois anos. Em agosto, um ataque simultâneo de caminhões-bombas, também contra edifícios do governo, matara 102.
Ontem, centenas de iraquianos se reuniram nos locais dos ataques da véspera para protestar contra o que consideram incapacidade do governo do premiê Nuri al Maliki de impedir a ocorrência das ações terroristas -apesar da queda acentuada da violência recentemente.
O Iraque se prepara para realizar eleições legislativas no próximo mês de janeiro, nas quais Maliki tentará a reeleição. Os ataques comprometem a plataforma de campanha do premiê, baseada na melhora das condições de segurança.
A relativa regularidade dos atentados de grande porte no Iraque levanta dúvidas também sobre a capacidade do governo iraquiano de assumir definitivamente a responsabilidade pelo combate ao terrorismo.
Ontem, Bagdá reiterou pedido à ONU para que investigue a suposta participação de países estrangeiros na "desestabilização" do Iraque. O primeiro pedido oficial havia sido feito logo após os atentados de agosto.

Com agências internacionais



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