São Paulo, quinta-feira, 27 de outubro de 2011 |
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FOCO Chávez homenageia 'médico santo' e diz ter vivido milagre FLÁVIA MARREIRO DE CARACAS Chorosa, uma mulher olha para a câmera e diz: "Eu tive câncer em 2002. Eu pedi a José Gregorio Hernández e ele me concedeu a graça". O depoimento estreou na TV estatal da Venezuela ontem, para celebrar o "Dia de Júbilo Nacional" pelo nascimento de Hernández (1864-1919), médico considerado santo por milhares no país. Ao testemunho da devota seguia outro: o do próprio Hugo Chávez, que criou a data comemorativa anteontem. O presidente, que declara estar "livre" do câncer que ele revelou ter em junho, disse na TV: "Somo-me à lista das pessoas cobertas pelo manto de José Gregorio. O meu foi uma espécie de milagre". Foi mais uma demonstração de devoção de Chávez, que já na semana passada foi a um santuário no oeste do país e nas últimas semanas fez cerimônias evangélicas, indígenas e de religiões africanas por sua saúde -todas transmitidas pela TV. O reforço na mensagem religiosa provoca críticas na oposição e de analistas. "O governo está cada vez mais próximo dos métodos, dos símbolos e da retórica da igreja eletrônica [pregação na TV]", escreveu Alberto Barrera Tyszka, biógrafo de Chávez. "Quem não se converter não desfrutará do reino do petróleo", ironizou. Chávez voltaria a mencionar Hernández ontem, ao reiterar que está bem de saúde. Diante de jornalistas, acusou de "grande mentiroso" Salvador Navarrete, que em entrevista recente disse que o presidente teria só dois anos de vida, e negou que ele tenha sido seu médico. Texto Anterior: Finlândia aumenta a fecundidade com políticas sociais Índice | Comunicar Erros |
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