|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
EUA
Segundo o presidente, a nova lei deverá estimular o crescimento econômico, porém especialistas não concordam com ele
Bush aprova criação do seguro contra atos terroristas
DA REUTERS
O presidente dos EUA, George
W. Bush, sancionou ontem uma
lei cujo objetivo é permitir que as
empresas façam seguro contra
atos terroristas, o que poderá servir para desbloquear uma série de
projetos da construção civil.
A nova lei tem como objetivo
incentivar o crescimento econômico ao permitir a injeção de bilhões de dólares na economia do país. Os projetos estavam parados
porque as empresas não conseguiam obter seguro contra atos
terroristas, segundo Bush. Porém
economistas independentes disseram que o impacto inicial dessa
iniciativa deverá ser mínimo.
"Hoje [ontem" estamos agindo
para estimular a economia da
América, para dar confiança aos
investidores do país e para dar
emprego aos trabalhadores", afirmou o presidente.
Durante a campanha para as
eleições legislativas do início do
mês, Bush demonstrou dar valor
à aprovação dessa lei, afirmando
que ela seria um importante estímulo para a morosa economia
americana. Segundo ele, milhares
de empregos serão criados graças
à nova legislação.
A medida diz que até US$ 100
bilhões em fundos governamentais poderão ser repassados às seguradoras, mas ela exige que o seguro contra atos terroristas passe
a ser oferecido às empresas.
Segundo Bush, US$ 15 bilhões
em transações relacionadas à
construção civil deverão ser investidos na economia americana
após a aprovação dessa lei.
Os ataques terroristas de 11 de
setembro de 2001 deram origem a
processos estimados em US$ 40
bilhões a US$ 50 bilhões contra as
seguradoras. Estas afirmam que
outro atentado do gênero deverá
levá-las à falência.
Mas, para o economista Sung
Won Sohn, da Wells Fargo, a
principal causa da diminuição do
número de negócios na construção civil é a desaceleração econômica, subentendendo que o seguro contra atos terroristas não terá
grande efeito no que se refere a estimular as atividades econômicas.
Ele afirmou ainda que, num
país cujo PIB (total de riquezas
produzidas) é de US$ 10 trilhões,
o impacto de US$ 15 bilhões em
projetos atrasados será muito pequeno. Ainda segundo Sohn, boa
parte dos projetos atrasados só
existe porque as empreiteiras estavam aguardando a aprovação
da nova lei.
Texto Anterior: Sauditas podem "fazer mais", cobram EUA Próximo Texto: Panorâmica - Oriente Médio: Netanyahu ataca Sharon nas vésperas das primárias do Likud Índice
|