São Paulo, quarta-feira, 27 de novembro de 2002

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CRISE

Número representa crescimento de 6.000 casos em relação a maio em Tucumán, uma das regiões mais pobres do país

Província argentina tem 18 mil crianças desnutridas

MARCELO BILLI
DE BUENOS AIRES

O Sistema Provincial de Saúde de Tucumán, uma das Províncias mais pobres da Argentina, reconheceu que há cerca de 18 mil crianças de até 12 anos desnutridas apenas em San Miguel de Tucumán, a capital. Segundo o diretor da instituição, Juán Antonio Malaguer, o número significa um acréscimo de 6.000 casos em relação a maio deste ano.
Com o aumento do número de crianças desnutridas, faltam leitos nos hospitais da capital. No Sanatório Sarmiento, que atende a crianças de oito meses a oito anos de idade, 14 dos 22 leitos estão ocupados por vítimas de desnutrição. No hospital do Menino Jesus, para onde são encaminhados os casos do interior da Província, há 220 leitos, mas havia anteontem mais de 230 internados, 45 dos quais com desnutrição.
A organização não-governamental argentina Rede Solidária estima que haja 162 mil crianças desnutridas nas Províncias do norte e do noroeste do país, incluindo Tucumán, que já registrou 11 mortes de crianças por desnutrição nos últimos meses.
Em resposta às críticas geradas pela divulgação das mortes, o governo federal, por meio da primeira-dama argentina, Hilda Duhalde, iniciou um plano de combate à fome e subnutrição. Do programa participam o Exército, universidades e estudantes voluntários.
Ontem, os hospitais públicos de Tucumán deixaram de cobrar, a pedido do governo federal, uma taxa de um peso (cerca de R$ 1) que todos os pacientes tinham de pagar para serem atendidos.


Com agências internacionais


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