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CRISE
Número representa crescimento de 6.000 casos em relação a maio em Tucumán, uma das regiões mais pobres do país
Província argentina tem 18 mil crianças desnutridas
MARCELO BILLI
DE BUENOS AIRES
O Sistema Provincial de Saúde
de Tucumán, uma das Províncias
mais pobres da Argentina, reconheceu que há cerca de 18 mil
crianças de até 12 anos desnutridas apenas em San Miguel de Tucumán, a capital. Segundo o diretor da instituição, Juán Antonio
Malaguer, o número significa um
acréscimo de 6.000 casos em relação a maio deste ano.
Com o aumento do número de
crianças desnutridas, faltam leitos
nos hospitais da capital. No Sanatório Sarmiento, que atende a
crianças de oito meses a oito anos
de idade, 14 dos 22 leitos estão
ocupados por vítimas de desnutrição. No hospital do Menino Jesus, para onde são encaminhados
os casos do interior da Província,
há 220 leitos, mas havia anteontem mais de 230 internados, 45
dos quais com desnutrição.
A organização não-governamental argentina Rede Solidária
estima que haja 162 mil crianças
desnutridas nas Províncias do
norte e do noroeste do país, incluindo Tucumán, que já registrou 11 mortes de crianças por
desnutrição nos últimos meses.
Em resposta às críticas geradas
pela divulgação das mortes, o governo federal, por meio da primeira-dama argentina, Hilda Duhalde, iniciou um plano de combate à fome e subnutrição. Do
programa participam o Exército,
universidades e estudantes voluntários.
Ontem, os hospitais públicos de
Tucumán deixaram de cobrar, a
pedido do governo federal, uma
taxa de um peso (cerca de R$ 1)
que todos os pacientes tinham de
pagar para serem atendidos.
Com agências internacionais
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