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Aliado de Bush vê ameaça de 3 guerras no Oriente Médio
Para rei da Jordânia, que sediará encontro do americano com
Maliki, Líbano, Iraque e faixa de Gaza têm risco de conflito civil
Irã se diz pronto para ajudar
no Iraque, mas só se EUA
saírem; premiê iraquiano
culpa políticos, incluindo
seus aliados, por violência
DA REDAÇÃO
A três dias do encontro entre
o presidente dos EUA, George
W. Bush, e o premiê iraquiano,
Nuri al Maliki, em Amã, a capital jordaniana, o rei Abdullah,
da Jordânia, disse que o Oriente Médio está à beira de três
guerras civis -no Iraque, no Líbano e nos territórios palestinos. Para ele, só uma ação "dramática" evitará uma "tremenda
crise no ano que vem".
"Não acho que estamos numa posição em que podemos
voltar ao problema em 2007.
Há um grande potencial de três
guerras civis na região", disse.
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, por sua
vez, disse estar pronto a ajudar
os EUA e o Reino Unido no Iraque -desde que eles retirem
suas tropas do país. A declaração ocorre em meio a propostas
de que Washington obtenha o
engajamento de Irã e Síria num
plano de pacificação do Iraque.
"A nação iraniana está pronta para ajudar vocês a saírem
desse atoleiro, mas com uma
condição: vocês devem corrigir
sua atitude. Levar suas tropas
para dentro de suas fronteiras."
Apelo
Ontem, o xiita Maliki foi à TV
pedir que os políticos iraquianos se unam contra a violência.
"Vamos ser honestos. A crise é
política, e são os políticos que
devem tentar evitar mais derramamento de sangue. Os atos
terroristas são um reflexo da
falta de acordo."
Acompanhado pelo presidente Jalal Talabani, curdo, e
pelo presidente do Congresso,
o sunita Mahmoud al Mashhadani, Maliki acusou facções de
seu próprio governo de incitar
à violência. O clérigo radical xiita Muqtada al Sadr, seu aliado,
ameaça retirar seu apoio caso o
premiê encontre Bush.
Ontem, em visita à Cidade
Sadr -dominada pelas milícias
do clérigo- para prestar condolências às famílias dos mais
de 200 mortos por atentados
na quinta, o premiê teve sua comitiva cercada e apedrejada
por um grupo de jovens. "A culpa é sua", gritavam.
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