São Paulo, domingo, 27 de dezembro de 2009

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ARGENTINA

Dona do Clarín vê vitória em decisão sobre teste de DNA

DE BUENOS AIRES

Decisão recente da Justiça argentina que obrigou os filhos adotivos da dona do Grupo Clarín, Ernestina Herrera De Noble, a passar por testes de DNA para verificar se seus pais biológicos foram vítimas da ditadura militar (1976-1983) -o que comprovaria que eles teriam sido apropriados pelo regime e adotados ilegalmente por De Noble- foi encarada como vitória pela família.
O advogado Alejandro Carrió, que representa os herdeiros de Ernestina, Marcela e Felipe Noble Herrera, ambos de 33 anos, interpretou a decisão como acato às condições que Marcela e Felipe impuseram em 2003 para realizar os exames.
Marcela e Felipe se dispuseram a fazer o teste, desde que em um instituto particular, e não em centro indicado pelo Estado.
A ONG de direitos humanos Avós da Praça de Maio, que move a causa, contabiliza 22 famílias de vítimas da ditadura que poderiam ser a origem de Felipe e Marcela.
Desde 2003, quando a defesa dos De Noble fez a oferta para realizar o exame sob suas condições, as Avós rechaçam a proposta, com receio de que os resultados não sejam confiáveis.
O episódio é considerado mais um capítulo da briga do governo Cristina Kirchner com o Clarín, o maior grupo de mídia da Argentina.


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