São Paulo, segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

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Giuliani tenta salvar campanha na Flórida

DO ENVIADO A WEST PALM BEACH

O ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani corre contra o relógio para tentar salvar amanhã, no Estado da Flórida, sua estratégia de campanha, desde o início vista como "suicida" por grande parte dos colegas do Partido Republicano.
Favorito a conquistar a indicação até o início do calendário das primárias, Giuliani escolheu deixar em segundo plano a campanha nos primeiros Estados, como Iowa, para apostar em uma campanha reforçada na Flórida, que tem maior peso na contagem de delegados. Amargando até sextos lugares nesses Estados, Giuliani viu seu nome desabar nas pesquisas nacionais para 4º lugar (veja quadro nesta página).
Na campanha, a esperança era de que uma vitória na Flórida revertesse esse quadro a tempo de restaurar a imagem de Giuliani entre os mais de 20 Estados que realizam prévias em 5 de fevereiro, na Superterça-feira. Nas pesquisas no Estado, porém, Giuliani está em terceiro lugar, enquanto McCain e Romney brigam pela vitória.
Giuliani tem se esforçado na campanha local. Foi à Disney, empunhou chocalhos em encontro com a comunidade cubana de Miami e até se intitulou de "o azarão", dizendo que essa condição pode ser vista com "simpatia". Acabou construindo uma campanha tão desacreditada que até os concorrentes passaram a elogiá-lo -na busca, é claro, dos eleitores que um dia pensaram em votar em Giuliani.
McCain o chamou de "herói americano", enquanto Romney disse que ele "tem a capacidade de convocar o povo americano para seguir junto em uma grande causa", ambos em referência à liderança do ex-prefeito em Nova York após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.
A data, que conferiu prestígio nacional a Giuliani, também passou a assombrá-lo na campanha, na acusação de que ele exploraria a tragédia -como escreveu em editorial o jornal "The New York Times".
O Partido Democrata também realiza primária amanhã na Flórida, mas a votação não pesará na soma de delegados. A nulidade da eleição foi imposta pela direção nacional do partido porque o Estado transferiu sua prévia para antes da Superterça sem autorização. (DB)


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