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Giuliani tenta salvar campanha na Flórida
DO ENVIADO A WEST PALM BEACH
O ex-prefeito de Nova York
Rudolph Giuliani corre contra
o relógio para tentar salvar
amanhã, no Estado da Flórida,
sua estratégia de campanha,
desde o início vista como "suicida" por grande parte dos colegas do Partido Republicano.
Favorito a conquistar a indicação até o início do calendário
das primárias, Giuliani escolheu deixar em segundo plano a
campanha nos primeiros Estados, como Iowa, para apostar
em uma campanha reforçada
na Flórida, que tem maior peso
na contagem de delegados.
Amargando até sextos lugares
nesses Estados, Giuliani viu seu
nome desabar nas pesquisas
nacionais para 4º lugar (veja
quadro nesta página).
Na campanha, a esperança
era de que uma vitória na Flórida revertesse esse quadro a
tempo de restaurar a imagem
de Giuliani entre os mais de 20
Estados que realizam prévias
em 5 de fevereiro, na Superterça-feira. Nas pesquisas no Estado, porém, Giuliani está em terceiro lugar, enquanto McCain e
Romney brigam pela vitória.
Giuliani tem se esforçado na
campanha local. Foi à Disney,
empunhou chocalhos em encontro com a comunidade cubana de Miami e até se intitulou de "o azarão", dizendo que
essa condição pode ser vista
com "simpatia". Acabou construindo uma campanha tão desacreditada que até os concorrentes passaram a elogiá-lo
-na busca, é claro, dos eleitores que um dia pensaram em
votar em Giuliani.
McCain o chamou de "herói
americano", enquanto Romney
disse que ele "tem a capacidade
de convocar o povo americano
para seguir junto em uma grande causa", ambos em referência
à liderança do ex-prefeito em
Nova York após os atentados
terroristas de 11 de setembro de
2001.
A data, que conferiu prestígio
nacional a Giuliani, também
passou a assombrá-lo na campanha, na acusação de que ele
exploraria a tragédia -como
escreveu em editorial o jornal
"The New York Times".
O Partido Democrata também realiza primária amanhã
na Flórida, mas a votação não
pesará na soma de delegados. A
nulidade da eleição foi imposta
pela direção nacional do partido porque o Estado transferiu
sua prévia para antes da Superterça sem autorização.
(DB)
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