São Paulo, segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Uribe ordena cerco militar às Farc

Governo colombiano quer localizar reféns na selva e cercar área para pressionar guerrilha por libertação

Presidente espera apoio internacional a plano, que é criticado pela mãe da refém Ingrid Betancourt, receosa pela vida dos seqüestrados

DA REDAÇÃO

O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, ordenou que as Forças Armadas cerquem as áreas na selva onde as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) mantém reféns, apesar de advertências de que a ação pode pôr em risco a vida dos seqüestrados.
Segundo Uribe, os militares já trabalham para localizar o paradeiro dos reféns. Uma vez feito o cerco, o governo quer, com ajuda da comunidade internacional, pressionar as Farc pela soltura dos seqüestrados.
"Feita a localização, o passo seguinte é organizar um cerco à área e comunicar a comunidade nacional e internacional para implementar os instrumentos humanitários necessários", disse Uribe anteontem.
O plano de uma ofensiva militar contra as Farc ou resgate é sempre criticado pelos parentes dos mais de 700 reféns da guerrilha. "Isso nos mostra que ele [Uribe] não se importa com a vida dos seqüestrados", disse Yolanda Pulecio, mãe da franco-colombiana Ingrid Betancourt, capturada em 2002.
Pulecio lembrou a morte, em junho passado, de 11 ex-deputados reféns das Farc. A guerrilha diz que eles morreram em meio a combates. O governo, que foram mortos pelos rebeldes.
Uribe fez o anúncio no retorno de sua viagem à Europa, animado com a rejeição dos líderes locais à proposta da Venezuela de retirar as Farc da lista de grupos terroristas. Tais líderes, entre eles o francês Nicolas Sarkozy, já deixaram claro, porém, que não apóiam ações que arrisquem a vida dos reféns.


Com agências internacionais


Texto Anterior: Oito são mortos a tiros em protesto no Líbano
Próximo Texto: Venezuela: Chávez quer aliança militar contra os EUA
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.