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Enviado dos EUA chega ao Egito para discutir processo de paz
DA REDAÇÃO
Em uma viagem aguardada
como sinal da política que o governo Obama desenvolverá para a região, o enviado dos EUA
para o Oriente Médio, George
Mitchell, chegou ontem ao Egito, primeira parada de um giro
de oito dias para tratar do conflito israelo-palestino. O Cairo,
que lidera os esforços de mediação entre Israel e o Hamas,
anunciou a intenção de obter
um cessar-fogo permanente
até a próxima semana.
No Egito, Mitchell se reuniu
com o chefe de política externa
da União Europeia, Javier Solana, e com o secretário-geral da
Liga Árabe, Amr Moussa. O
teor das conversas não foi revelado. Hoje ele deve se encontrar
com o ditador Hosni Mubarak.
O roteiro do ex-senador de 75
anos -que já produziu, em
2001, relatório considerado por
israelenses e palestinos equilibrado sobre o conflito- inclui
também Israel, Cisjordânia,
Jordânia, Arábia Saudita e, possivelmente, Turquia, além de
França e Reino Unido.
Ele não se reunirá, porém,
com membros do Hamas -visto pelos EUA como terrorista.
Já Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional
Palestina, tida por Washington
como interlocutor legítimo,
elevou o tom: "Israel não quer a
paz, e faremos o possível para
provar que eles cometeram crimes de guerra". A ANP, dominada pelo Fatah, e o Hamas
romperam em 2007, e o grupo
islâmico, que vencera as legislativas de 2006, controla a faixa
de Gaza desde então.
A secretária de Estado dos
EUA, Hillary Clinton, disse que
Mitchell irá "ouvir e trazer suas
impressões" e voltou a evocar o
direito de defesa de Israel.
O chanceler egípcio, Aboul
Gheit, que também deveria encontrar-se com Mitchell, disse
que até a primeira semana de
fevereiro -antes das eleições
legislativas em Israel, dia 10,
em que o linha-dura Binyamin
Netanyahu é favorito- deverá
haver um cessar-fogo permanente entre Israel e o Hamas.
As conversas deverão então
focar-se na reaproximação entre o Hamas e o Fatah, e "um
acordo será alcançado até a terceira semana", disse Gheit. No
encontro entre representantes
de ambos na véspera, houve
"desdobramentos positivos".
Com agências internacionais
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