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ÁFRICA
Ausência de presidente abre crise na Nigéria
DA REDAÇÃO
A ausência do presidente Umaru Yar'Adua abriu
um vácuo de poder e um
princípio de crise institucional na Nigéria, onde Senado e Executivo divergem sobre a liderança do
país enquanto o líder é
submetido a tratamento
médico na Arábia Saudita.
Ontem, o Senado instou
o presidente a notificar o
Congresso de sua ausência, o que, segundo a Constituição, significaria transferir o poder a seu vice,
Goodluck Jonathan.
O gabinete presidencial
respondeu que Yar'Adua
"não está incapacitado de
exercer suas funções".
Yar'Adua, 58, eleito em
2007 para mandato de
quatro anos, sofre de males cardíacos e renais, e
desde sua internação, há
mais de dois meses, não se
sabe quase nada sobre seu
estado de saúde.
O Senado não tem poder
para destituir o presidente, mas pode abrir um pedido de impeachment. A
Justiça deu até a semana
que vem para o governo
dar uma posição sobre a
capacidade do presidente.
O embate tem raízes
profundas. Após a guerra
civil (1967-70), a elite política do país mais populoso
da África fez um acordo no
qual o poder deveria se alternar a cada dois mandatos entre o norte -berço
de Yar'Adua-, de maioria
muçulmana, e o sul -de
onde vem Jonathan-, de
maioria cristã.
Na semana passada, um
choque entre muçulmanos e cristãos relacionado
à posse de terras deixou
460 mortos no país.
Com agências internacionais
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