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Colômbia anuncia compras de US$ 3,6 bi em armas
Aviões militares fazem parte de pacote de US$ 8,2 bi para próximos quatro anos
País nega que esteja em corrida armamentista com
a Venezuela; EUA votam ajuda à Colômbia, sob escândalo do "paragate"
DA REDAÇÃO
O governo colombiano anunciou compras no valor de US$
3,6 bilhões em aviões militares
e equipamentos técnicos, além
do aumento em 38.000 homens para as Forças Armadas
(20 mil deles para a Polícia Nacional) como reforço à política
de segurança.
O ministro da Defesa, Juan
Manuel Santos, explicou que os
investimentos são para "consolidar" a política de "segurança
democrática", lançada pelo
presidente Álvaro Uribe em
2002. Uribe foi reeleito no ano
passado para um segundo mandato de quatro anos.
Investimentos de US$ 8,2 bilhões para os próximos quatro
anos foram aprovados na segunda-feira pelo Conselho Nacional de Política Econômica e
Social. Além dos armamentos,
o país investirá mais em serviços de inteligência.
"Não vamos entrar em uma
corrida armamentista com
nossos vizinhos", disse Santos,
questionado sobre as compras
de armamentos da vizinha Venezuela.
A Venezuela, onde o presidente Hugo Chávez diz preparar o país para uma possível invasão americana, gastou US$
4,3 bilhões em aviões e armamentos russos nos últimos dois
anos. No final do ano passado,
Chávez comprou da Rússia 24
aviões caças, 53 helicópteros e
100 mil fuzis Kalashnikov.
Os Estados Unidos proibiram terceiros países, como Brasil e Espanha, de vender armas
e aviões com tecnologia americana à Venezuela.
Apoio americano
O governo colombiano recebe apoio financeiro e militar
dos Estados Unidos, através do
Plano Colômbia. Nos últimos
quatro anos, os EUA deram
US$ 3,7 bilhões ao país, em nome da cooperação para a erradicação de plantações de coca e
do combate ao narcotráfico e à
guerrilha.
Apesar da redução de seqüestros e da violência relacionada
com a guerrilha, o país ainda é o
maior produtor de cocaína do
mundo -e a superfície cultivada não diminuiu.
O governo americano pediu
autorização do Congresso para
aprovar uma nova ajuda de US$
3,9 bilhões para os próximos
sete anos. Mas alguns parlamentares democratas demonstraram preocupação pelo escândalo conhecido como "paragate", que liga deputados
próximos do governo de Uribe
a grupos paramilitares de extrema direita, responsáveis por
atrocidades no país.
Na semana passada, oito deputados da base governista foram presos por suas ligações
com os paramilitares, incluindo um irmão da chanceler,
obrigada a renunciar.
O ministro disse que serão
adquiridos aviões médios e pesados e helicópteros, além de
equipamento eletrônico, sem
precisar modelos ou fornecedores, mas indicou que a compra obedecerá "às melhores
ofertas". No ano passado, chegaram ao país os primeiros
aviões de um grupo de 25 Super
Tucanos, comprados da brasileira Embraer por US$ 234 milhões.
O Conselho de Política Econômica e Social aprovou um
processo de execução "transparente" dos recursos, incluindo
procedimentos de contratação
de fornecedores e compra
abertos. Também foi incluída a
criação de uma comissão para
controlar o uso dos fundos nos
próximos quatro anos.
Com agências internacionais
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