São Paulo, sábado, 28 de fevereiro de 2009

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ISRAEL

Livni anuncia que não fará parte de governo Netanyahu

DA REDAÇÃO

Em meio ao embate causado pelo apertado resultado das eleições legislativas israelenses do dia 10, a líder do partido centrista Kadima, Tzipi Livni, rejeitou ontem a oferta do virtual premiê, o direitista Binyamin Netanyahu, para formar um governo de união nacional.
A decisão abre caminho para a composição de coalizão só de partidos direitistas que rejeitam concessões territoriais aos palestinos.
Livni, que se mantém no cargo de chanceler até a posse do novo gabinete, justificou a decisão alegando a falta de compromisso de Netanyahu com a criação de um Estado palestino, ideia que vem norteando as conversas de paz desde os Acordos de Oslo, em 1993.
"A visão de dois Estados para dois povos não é um mero slogan. É o único jeito de Israel continuar judeu e combater o terrorismo", disse Livni, que vinha conduzindo pelo lado israelense as negociações de paz relançadas pelos EUA em 2007.
Livni será a partir de agora figura-chave da oposição ao governo liderado por Netanyahu, cujo partido direitista Likud obteve menos assentos do que o Kadima (27 a 28) mas conseguiu montar uma base aliada com 65 dos 120 membros do Knesset (o Parlamento unicameral). Graças ao maior apoio parlamentar, o presidente Shimon Peres incumbiu Netanyahu, que já foi premiê (1996-1999), de formar o governo.
O líder do Likud tem cinco semanas para consolidar o apoio dos aliados e montar um gabinete sintonizado com sua política linha-dura.


Com agências internacionais


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