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ISRAEL
Livni anuncia que não fará parte de governo Netanyahu
DA REDAÇÃO
Em meio ao embate causado pelo apertado resultado
das eleições legislativas israelenses do dia 10, a líder do
partido centrista Kadima,
Tzipi Livni, rejeitou ontem a
oferta do virtual premiê, o direitista Binyamin Netanyahu, para formar um governo
de união nacional.
A decisão abre caminho
para a composição de coalizão só de partidos direitistas
que rejeitam concessões territoriais aos palestinos.
Livni, que se mantém no
cargo de chanceler até a posse do novo gabinete, justificou a decisão alegando a falta
de compromisso de Netanyahu com a criação de um
Estado palestino, ideia que
vem norteando as conversas
de paz desde os Acordos de
Oslo, em 1993.
"A visão de dois Estados
para dois povos não é um
mero slogan. É o único jeito
de Israel continuar judeu e
combater o terrorismo", disse Livni, que vinha conduzindo pelo lado israelense as
negociações de paz relançadas pelos EUA em 2007.
Livni será a partir de agora
figura-chave da oposição ao
governo liderado por Netanyahu, cujo partido direitista
Likud obteve menos assentos do que o Kadima (27 a 28)
mas conseguiu montar uma
base aliada com 65 dos 120
membros do Knesset (o Parlamento unicameral). Graças
ao maior apoio parlamentar,
o presidente Shimon Peres
incumbiu Netanyahu, que já
foi premiê (1996-1999), de
formar o governo.
O líder do Likud tem cinco
semanas para consolidar o
apoio dos aliados e montar
um gabinete sintonizado
com sua política linha-dura.
Com agências internacionais
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