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São Paulo, quarta-feira, 28 de maio de 2003

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SAÚDE

Alertas não dependem mais de governos; Sars faz Toronto isolar 3.442 pessoas

OMS ganha poder contra epidemias

DA REDAÇÃO

A Organização Mundial da Saúde (OMS) assegurou ontem mais poder para emitir alertas globais sobre doenças epidêmicas como a Sars (síndrome respiratória aguda grave, na sigla em inglês). A resolução foi aprovada ontem por consenso pelos países participantes da assembléia geral da entidade, em Genebra, na Suíça.
Até ontem, a OMS tinha de esperar até que o governo de um país atingido confirmasse um surto epidêmico para alertar os países vizinhos.
Com a medida aprovada ontem, a agência da ONU para a saúde poderá emitir alertas globais com base em outras fontes de informação.
A China, onde a epidemia da Sars teve início, em novembro, tem sido duramente criticada por só ter informado sobre a doença à OMS e aos países vizinhos depois que ela se espalhou para Hong Kong e Vietnã, em março.
Até ontem, a Sars havia infectado 8.221 pessoas, das quais 735 morreram, segundo a OMS. O principal foco é a China, com a maioria absoluta dos casos.
"O objetivo é assegurar que qualquer ameaça à saúde pública seja noticiada", disse o porta-voz da OMS Iain Simpson.
Os países-membros também terão de colocar à disposição da OMS equipes que podem ser contatadas a qualquer momento em caso de emergência.
Quando a OMS, com sede em Genebra, distribuiu um alerta global sobre a Sars, em março, não foi possível entrar em contato com a maioria dos 192 países porque era um fim de semana.
Ontem, a assembléia geral também aprovou uma resolução que reconhece a Sars como "a primeira doença grave do século 21".

Quarentena canadense
O jornal canadense "Toronto Star" informou ontem que 3.442 pessoas foram colocadas em quarentena em Toronto, maior cidade canadense, desde o ressurgimento da Sars, confirmado na última sexta. Anteontem, a OMS voltou a colocar Toronto na lista das regiões atingidas pela doença.
Em entrevista coletiva, o ministro da Saúde canadense, Tony Clement, anunciou uma rede temporária de quatro hospitais para atender os 32 novos casos notificados de Sars, que já matou 27 pessoas no país.
"Queremos identificar rapidamente novos casos e conter o avanço da doença", disse.


Com agências internacionais


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