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ÁFRICA
Para EUA, discussão é prematura
Sudão ameaça retaliar envio de tropas ao país
DA REDAÇÃO
O Sudão ameaçou ontem reagir
militarmente caso tropas estrangeiras sejam enviadas ao país em
virtude do conflito na região de
Darfur (oeste).
"Não estamos atrás de uma
confrontação", disse o chanceler
sudanês, Mustafa Osman Ismail.
"Mas se formos atacados, definitivamente não vamos ficar calados,
vamos retaliar", afirmou.
A ameaça veio um dia após a
afirmação dos 25 chanceleres da
União Européia de que pressionariam pela adoção de sanções contra o Sudão caso o governo do
país não ponha fim ao conflito em
Darfur. Em protesto, Cartum retirou seus diplomatas do Reino
Unido e da Alemanha, segundo
informou a rede inglesa BBC.
Resolução prevendo sanções
contra o Sudão, proposta pelos
EUA, pode ser votada ainda nesta
semana pelo Conselho de Segurança da ONU.
Apesar de defender a resolução,
o secretário de Estado americano,
Colin Powell, classificou ontem
de prematura a discussão sobre
uma eventual intervenção militar
no Sudão. Para ele, a prioridade é
parar a violência e assegurar a
chegada de ajuda humanitária.
O conflito em Darfur começou
em 2003, quando rebeldes negros
iniciaram ataques a alvos governamentais e foram contra-atacados por milícias árabes -as quais
o governo é acusado de ter treinado e armado para uma campanha
de limpeza étnica. O governo nega. O conflito já levou à morte de
milhares de pessoas.
Com agências internacionais
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