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Ataque suicida mata 13 no Paquistão
Explosão ocorreu perto da Mesquita Vermelha, palco do massacre que deixou 102 mortos há duas semanas no Paquistão
Pouco antes, manifestantes tomaram novamente a mesquita e entraram em confronto com a polícia; 50 pessoas foram detidas
DA REDAÇÃO
Um ataque suicida matou na
tarde de ontem ao menos 13
pessoas e deixou pelo menos 71
feridos em um restaurante perto da Mesquita Vermelha, em
Islamabad, no Paquistão.
O atentado ocorreu em meio
a uma onda de violência que
atingiu o país após o ataque do
governo à mesquita, que havia
sido tomada por islâmicos radicais, há duas semanas. Os amotinados queriam instalar no Paquistão um governo parecido
ao do Taleban no Afeganistão.
Ao menos 102 pessoas foram
mortas na ação e, desde então,
cerca de 200 outras morreram
em atentados.
Autoridades acreditam que o
alvo do atentado de ontem fossem policias que faziam a segurança da região. Dos 13 mortos
de ontem, 7 eram da polícia.
A situação já havia se deteriorado na manhã de ontem,
quando a nomeação de um novo imã para a Mesquita Vermelha havia interrompido as rezas
de sexta-feira. Era a primeira
vez que o templo havia sido reaberta desde o massacre. O novo
imã, que já havia sido alvo de
protestos, teve que deixar a
mesquita sob proteção policial.
Em seguida, estudantes islâmicos ocuparam novamente o
complexo, pedindo que o ex-líder da mesquita, o clérigo Abdul Aziz, que está preso, pudesse conduzir as orações.
Rapidamente, os amotinados
anunciaram pelo alto-falante
localizado no teto da mesquita
que eles iriam "vingar o sangue
dos mártires", em referência
especialmente a Rashid Ghazi,
irmão de Abdul Aziz, que foi
morto nos ataque final das forças do governo à mesquita.
Em sinal de protesto, a multidão pintou o edifício de vermelho e levantou uma bandeira
preta com duas espadas estampadas nela -simbolizando a
"jihad", ou guerra santa.
Os protestos chegaram às
ruas próximas ao local, onde
manifestantes atiravam pedras, enfurecidos contra o ditador Pervez Musharraf. "Musharraf é um cachorro! Ele é pior
do que um cachorro! Ele deveria renunciar!", gritavam os
manifestantes. Policias usaram
gás lacrimogêneo para tentar
dispersar a população. Pouco
tempo depois ocorreu a explosão que matou as 13 pessoas.
Depois da explosão, a polícia
retomou o controle da mesquita e deteve cinqüenta pessoas.
Com agências internacionais
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