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EUA resistem à pressão de Israel sobre o Irã
Ao lado de chefe do Pentágono, ministro da Defesa israelense diz que "todas as opções estão na mesa"
Comissária-geral de agência de refugiados relata dificuldade para fazer doações chegarem à área
Dan Balilty/Associated Press
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Em Jerusalém, ativistas de direita protestam contra a pressão dos EUA pelo congelamento de colônias judaicas na Cisjordânia
DA REDAÇÃO
As desavenças entre os governos dos EUA e de Israel sobre as políticas para o Irã poucas vezes foram mostradas tão
abertamente quanto ontem:
enquanto o secretário da Defesa norte-americano, Robert
Gates, indicava em visita a Jerusalém que será mantido o
prazo de até setembro para que
Teerã aceite dialogar, seu colega israelense, Ehud Barak, dizia
a seu lado que a opção militar
contra o rival está na mesa.
Israel estima que o Irã poderá construir uma bomba nuclear em até três anos -Teerã
nega que seu programa nuclear
tenha fins militares.
"Não acho que faz qualquer
sentido a este ponto ficar falando a respeito [do programa nuclear iraniano]. Claramente
acreditamos que nenhuma opção deve ser descartada. É nossa política, e recomendamos a
outros que adotem a mesma
posição", afirmou Barak.
O chefe do Pentágono, que
também se encontrou com o
premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, em Jerusalém, reiterou as esperanças do presidente Barack Obama de que os iranianos aceitem dialogar. Mas,
para acalmar os ânimos, disse
que os EUA "estão muito conscientes da possibilidade de os
iranianos simplesmente estarem deixando o prazo se esgotar". Segundo ele, Washington
pressionará por novas e mais
duras sanções da ONU contra o
Irã caso a política não surta
efeito.
Além de Gates, também se
reúnem com israelenses nesta
semana George Mitchell, enviado especial dos EUA ao
Oriente Médio; o general James Jones, assessor de Segurança Nacional da Casa Branca;
e Dennis Ross, assessor especial para o Irã e o golfo Pérsico.
A quantidade e a relevância
dos enviados dos EUA geraram
especulações sobre um novo
plano para o Irã, mas Washington diz que é "coincidência".
Além do programa iraniano,
o congelamento das colônias
judaicas na Cisjordânia, pedido
por Obama e rejeitado por Netanyahu, também cria divergências. Esse ponto, previsto
no Mapa do Caminho -plano
de paz dos EUA que norteia as
negociações-, é tratado mais
firmemente por Mitchell.
Ontem, após reunião na Cisjordânia com o presidente da
Autoridade Nacional Palestina,
Mitchell pediu a Israel que tome a difícil decisão de lidar com
as colônias, que na Cisjordânia
já abrigam mais de 300 mil pessoas. Cerca de 1.500 pessoas
protestaram em frente à casa
de Netanyahu em Jerusalém
contra a pressão dos EUA.
Com agências internacionais
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