São Paulo, quinta-feira, 28 de agosto de 2008

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Chávez vai impor preço de venda a argentina

FABIANO MAISONNAVE
DE CARACAS

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, rompeu ontem as negociações com o grupo empresarial argentino Techint para a compra da siderúrgica Sidor, cuja nacionalização foi decretada em abril passado.
"Eles têm sido prepotentes. Então temos de tomar todas as empresas que eles têm aqui. Não podemos aceitar isso, o tempo previsto para um acordo se acabou, iremos adiante e pagaremos o que isso realmente custa", disse Chávez.
O endurecimento venezuelano por falta de acordo sobre o preço da maior siderúrgica do país joga por terra os esforços do governo Cristina Kirchner para mediar um acordo. Até o fechamento desta edição, a Casa Rosada não havia se pronunciado sobre o assunto. A agência oficial de notícias argentina Telam, no entanto, citou fonte não identificada da empresa, dizendo que a Techint fará todos os esforços para seguir negociando um acordo satisfatório, mas, caso não o obtenha, recorrerá ao Ciadi (Centro Internacional para Arbitragem de Disputa sobre Investimento), vinculado ao Banco Mundial.
A brasileira Usiminas, com participação minoritária na Sidor, está fora das negociações.
Em uma demonstração de que as nacionalizações ainda não terminaram, Chávez anunciou ontem que o Estado assumirá a distribuição de combustível, hoje nas mãos de empresas nacionais e estrangeiras.
A nacionalização ocorre por meio de uma lei para o setor que deve ser aprovada em semanas. Chávez negou rumores de que nacionalizaria também os postos de combustível.


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