São Paulo, domingo, 28 de agosto de 2011

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DIÁRIO DE TRÍPOLI

Bela, capital foi escondida pelo antigo regime

DOS ENVIADOS A TRÍPOLI

Apesar de desfigurada pela guerra, Trípoli é bonita, agradável e de forte potencial turístico.
A face mais exuberante da capital é a voltada para o mar Mediterrâneo.
O calçadão da praia é bem cuidado e tem várias quadras de esporte. O azul do mar chama atenção pelo tom intenso, típico do litoral norte-africano.
Os edifícios mais marcantes, modernos ou milenares, também estão situados perto da praia.
Há enormes arranha-céus comerciais de vidro e metal, no melhor estilo americano, refletindo a bonança petroleira. Os hotéis de luxo têm fachadas reluzentes e abundância de materiais nobres, como mármore.
A cidade antiga tem pérolas da era greco-romana, quando a capital foi construída.
É possível hospedar-se em prédios do século 12 transformados em hotel.
Nas ruelas da medina (centro histórico, em árabe) há lojas de artesanato e cafés onde se pode fumar narguilê (cachimbo árabe) acompanhando o lânguido vaivém de gatos magricelas e onipresentes.
A capital, de ruas largas e bem pavimentadas, tem um grande zoológico e vários bosques usados para piqueniques em família.
Nossa impressão é de que Trípoli, em tempos normais, parece ser um lugar aprazível para se morar, principalmente para quem tem família e não se importa com a virtual ausência de baladas e a proibição de consumir bebida alcoólica.
Obviamente, esse cenário de beleza e tranquilidade passa longe nos tempos atuais. A Líbia sob Muammar Gaddafi também nunca foi lá muito visitada por estrangeiros a passeio. Com pavor de espiões, o ditador emitia vistos de turistas a conta-gotas.
Uma das promessas dos rebeldes é transformar o país num destino turístico de referência. (SAMY ADGHIRNI E APU GOMES)


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