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Acusada por
Abu Ghraib vai
à corte marcial
DA REDAÇÃO
A soldado americana
Lynndie England será julgada
por uma corte marcial em janeiro próximo com base em 19
acusações, que incluem abuso
sexual e agressão de iraquianos
detidos na prisão de Abu
Ghraib, anunciou ontem o
Exército dos EUA.
Se condenada, England, 21,
pode pegar até 38 anos de prisão. Ela pode sofrer ainda confisco de salário e uma baixa desonrosa do Exército, segundo o
general John Vines, comandante da base militar em Fort
Bragg (Carolina do Norte).
O julgamento deve ocorrer
entre os dias 17 e 28 de janeiro.
Antes, entre 1º e 3 de dezembro, há uma audiência em que
a soldado deverá declarar-se
culpada ou inocente.
Outras acusações que pesam
sobre England incluem conspiração para cometer crueldade e
maus-tratos a presos, agressões
a detentos, violação da disciplina e da boa ordem, além de cometer atos indecentes com soldados e detidos.
England é um dos sete soldados dos EUA acusados de
maus-tratos contra presos iraquianos em Abu Ghraib, perto
de Bagdá, em escândalo que estourou em abril. Seus advogados alegam que ela tinha ordens para "amaciar" os presos
antes dos interrogatórios.
Em fotos divulgadas à época,
aparece levando um preso nu
por coleira e posando próximo
a uma pirâmide de presos nus.
Ontem, os sargentos americanos Johnny Horne Jr. e Cardenas Alban foram acusados
pela morte de um civil iraquiano, anunciou o Exército dos
EUA. O caso está sob investigação. Na semana passada, outros dois soldados foram acusados de assassinato premeditado de três civis iraquianos.
Com agências internacionais
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