São Paulo, terça-feira, 28 de setembro de 2004

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Acusada por Abu Ghraib vai à corte marcial

DA REDAÇÃO

A soldado americana Lynndie England será julgada por uma corte marcial em janeiro próximo com base em 19 acusações, que incluem abuso sexual e agressão de iraquianos detidos na prisão de Abu Ghraib, anunciou ontem o Exército dos EUA.
Se condenada, England, 21, pode pegar até 38 anos de prisão. Ela pode sofrer ainda confisco de salário e uma baixa desonrosa do Exército, segundo o general John Vines, comandante da base militar em Fort Bragg (Carolina do Norte).
O julgamento deve ocorrer entre os dias 17 e 28 de janeiro. Antes, entre 1º e 3 de dezembro, há uma audiência em que a soldado deverá declarar-se culpada ou inocente.
Outras acusações que pesam sobre England incluem conspiração para cometer crueldade e maus-tratos a presos, agressões a detentos, violação da disciplina e da boa ordem, além de cometer atos indecentes com soldados e detidos.
England é um dos sete soldados dos EUA acusados de maus-tratos contra presos iraquianos em Abu Ghraib, perto de Bagdá, em escândalo que estourou em abril. Seus advogados alegam que ela tinha ordens para "amaciar" os presos antes dos interrogatórios.
Em fotos divulgadas à época, aparece levando um preso nu por coleira e posando próximo a uma pirâmide de presos nus.
Ontem, os sargentos americanos Johnny Horne Jr. e Cardenas Alban foram acusados pela morte de um civil iraquiano, anunciou o Exército dos EUA. O caso está sob investigação. Na semana passada, outros dois soldados foram acusados de assassinato premeditado de três civis iraquianos.


Com agências internacionais

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