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Sakineh poderá ser morta por enforcamento, diz Promotoria
Condenação por assassinato teria precedência sobre adultério
DA EFE
A Promotoria do Irã anunciou ontem que Sakineh Mohamadi Ashtiani, 43, acusada de adultério e de ser a
coautora no assassinato do
seu marido, foi condenada à
morte também pelo segundo
crime, que prevê pena de
morte por enforcamento.
Em declarações à agência
oficial iraniana Mehr, o procurador-geral do país, Gholam Husein Mohseni Ejei,
afirmou que a condenação
pelo assassinato guardaria
precedência sobre a condenação por suposto adultério.
A informação, se confirmada, indica que Sakineh
pode ser morta por enforcamento, em vez de o ser por
apedrejamento, como prevê
a pena para caso de traição.
Sakineh foi presa em 2006
acusada de ter um caso com
o suposto autor do assassinato do seu marido, ao lado de
um comparsa. A iraniana foi
então condenada a 99 chibatadas pelas "relações ilícitas
com estranhos" e à morte pelo adultério no casamento.
Sub judice desde então, a
condenação a apedrejamento ganhou repercussão internacional neste ano, dando
origem a uma campanha envolvendo líderes e celebridades em defesa de Sakineh.
O anúncio de Ejei indica
que o apedrejamento poderá
não ocorrer, mas a condenação por coautoria de assassinato é motivo de divergência
entre as autoridades iranianas pelo menos desde julho.
O caso obteve repercussão
justamente em meio ao recrudescimento das relações
entre o Irã e as potências nucleares, que aplicaram nova
rodada de sanções ao país
em junho, na ONU, devido a
suspeitas sobre suposto caráter militar do seu programa
nuclear -o que Teerã nega.
Na semana passada, o presidente Mahmoud Ahmadinejad acusou a imprensa de
instrumentalizar o caso para
engrossar as críticas ao Irã e
de esconder caso similar nos
EUA -que resultou na morte
de mulher na última quinta.
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