São Paulo, quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Grécia aprova novo imposto imobiliário Medida impopular é condição para liberar € 8 bi em ajuda ao país; ônibus, trens e táxis devem parar hoje em Atenas Ministro das Finanças alemão rebate críticas de Obama e diz que é 'muito mais fácil' dar conselhos aos outros EM BERLIM O Parlamento grego aprovou ontem em caráter de urgência um impopular imposto imobiliário como parte das medidas de austeridade impostas pela União Europeia, o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Central com vistas ao cumprimento das metas de redução de deficit público. A aprovação era necessária para que fosse liberada uma parcela de € 8 bilhões, parte ainda do primeiro pacote de ajuda à Grécia, de maio do ano passado. Sem a nova parcela, o país provavelmente entraria em default. Mas provocou novos protestos no país, que há pelo menos um ano convive com cortes de salários e anúncios de novos impostos. Cerca de 70% da população é proprietária de imóveis. De acordo com o jornal britânico "Financial Times", o governo espera recolher com o imposto € 2,4 bilhões -o equivalente a 1,1% do PIB- por ano até 2014. Ele será coletado por meio das contas de luz, e quem não pagar corre o risco de ter suspenso o fornecimento de energia. Taxistas, motoristas de ônibus e operadores de trem preparam uma greve de 24 horas para hoje -a segunda nesta semana. Metroviários e ferroviários também ameaçam parar, o que deve deixar o trânsito ainda mais caótico em Atenas, a capital grega. REAÇÃO A OBAMA O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, reagiu aos comentários de anteontem do presidente dos EUA, Barack Obama, de que a crise na zona do euro está "assustando o mundo" e que as autoridades europeias não reagiram rápido o suficiente. "Não creio que os problemas da Europa sejam a única razão para os problemas nos EUA", afirmou o ministro. Schäuble disse ainda que é "muito mais fácil" dar conselho para os outros e que está "bem preparado" para fazer o mesmo pelos EUA. (CAROLINA VILA-NOVA) Com agências de notícias Texto Anterior: Frase Próximo Texto: 'Sinceridade' de investidor na TV provoca polêmica Índice | Comunicar Erros

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