São Paulo, quarta-feira, 28 de setembro de 2011

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Anistia Internacional condena decapitação no México

Entidade pede que presidente Felipe Calderón tome medidas para prevenir crimes contra jornalistas no país

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Anistia Internacional condenou ontem, via comunicado oficial, o assassinato da jornalista mexicana María Elizabeth Macías, 39, encontrada decapitada no sábado.
A morte, relata o informe da organização, representa "clara ameaça a usuários das redes sociais nas regiões de maior violência no México".
A entidade pede ao governo do presidente Felipe Calderón que implemente medidas para prevenir e sancionar crimes contra jornalistas e "assegurar um clima em que os meios de comunicação [...] possam exercer o direito à liberdade de expressão sem temor de serem assassinados".
Macías era chefe de redação do jornal "Primera Hora". O corpo dela foi encontrado na cidade de Nuevo Laredo, na fronteira com os EUA.
Com o cadáver, havia uma mensagem relacionando o crime ao fato de que a jornalista publicava em redes sociais informações sobre o crime organizado na região.

ESTRATÉGIA
Outras duas pessoas foram assassinadas em Nuevo Laredo neste mês. Havia sinais de que as mortes também estavam relacionadas a denúncias em redes sociais contra o crime organizado no local.
"Esses três homicídios parecem representar uma estratégia alarmante para intimidar os usuários das redes sociais para que eles deixem de comunicar informações relacionadas à violência", afirma a Anistia Internacional.
Agências de notícias relatam que, desde o assassinato de Macías, internautas da região têm se questionado a respeito da segurança na violenta região fronteiriça.
O México é considerado pela ONU como sendo o país mais perigoso da América para a imprensa.
Cerca de 80 jornalistas foram mortos no México desde 2000, e centenas estão desaparecidos desde então.


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