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ORIENTE MÉDIO
Dois palestinos morrem em ação em Nablus
Homem-bomba mata 3 soldados israelenses em posto de gasolina
DA ""ASSOCIATED PRESS"
Um terrorista palestino suicidou-se e matou três soldados israelenses no domingo, quando a
bomba que carregava explodiu
durante uma luta corporal com
soldados num posto de gasolina
no assentamento judaico de Ariel,
na Cisjordânia.
O homem-bomba veio da vizinha cidade de Nablus, que as forças israelenses mantêm sob toque
de recolher há meses. Ele teria
atravessado a pé ou de alguma
outra maneira os 15 quilômetros
de colinas rochosas entre Nablus,
no norte da Cisjordânia, e o posto
de gasolina situado na entrada do
assentamento de Ariel, um dos
maiores da Cisjordânia.
"Terrorista suicida, terrorista
suicida", gritou uma mulher
quando o atacante surgiu pela entrada dos fundos do posto e aproximou-se de um grupo de soldados. Um frentista do posto e três
soldados pularam sobre o homem e o jogaram ao chão, enquanto ele se preparava para detonar a bomba com um arame
que segurava na mão, contou o
comandante de polícia da Cisjordânia, Shahar Ayalon.
Durante a disputa, dois israelenses atiraram contra o atacante,
atingindo-o na cabeça e no abdome, segundo testemunhas. Um
dos homens que atirou -o estudante Shahar Keshet, que enchia
seu tanque no posto- disse que a
bomba explodiu quando uma bala atingiu o atacante no abdome.
Ayalon disse que apenas uma
pessoa disparou contra o atacante
e que os explosivos foram detonados no mesmo momento em que
a bala atingiu o palestino. Exames
forenses vão tentar determinar se
foi o atacante ou as balas que detonaram a bomba.
Três pessoas que lutavam com o
atacante morreram, incluindo
um major, um tenente e outro oficial, e 20 ficaram feridas.
O grupo militante islâmico Hamas reivindicou o ataque e identificou o atacante como Mohammed Bustami, 22, estudante universitário em Nablus.
Os 20 mil residentes de Ariel são
protegidos por segurança reforçada. Como Ariel é a maior comunidade israelense na área, seu
posto de gasolina é um ponto de
passagem de soldados a caminho
de suas bases, no início da semana
de trabalho.
"Como espectadora, a Autoridade Palestina fica parada e não
faz nada, enquanto terroristas palestinos continuam a travar uma
campanha de terror contra civis
israelenses", disse David Baker,
do gabinete do primeiro-ministro
Ariel Sharon. Israel acusa a Autoridade Palestina de recusar-se a
reprimir os militantes envolvidos
nos ataques.
Liderada por Arafat, a Autoridade Palestina condena os atentados suicidas mas diz que suas forças de segurança não têm condições de agir contra os militantes,
já que as ações militares de Israel,
incluindo a tomada da maioria
das cidades palestinas na Cisjordânia, enfraqueceram gravemente suas forças.
Em Nablus, algumas horas após
o ataque, tropas israelenses mataram a tiros dois palestinos armados, se bem que os dois lados tenham discordado quanto às circunstâncias. O Exército disse que
soldados tentavam efetuar prisões quando foram alvejados e revidaram, matando os dois palestinos. Testemunhas palestinas disseram que os soldados mataram
os dois homens, ambos militantes
conhecidos, e depois fugiram numa van sem placa.
Tradução de Clara Allain
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