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GUERRA CIVIL NO CONGO
Civis hostilizam militares da ONU por não darem proteção
DA REDAÇÃO
Com a guerra civil reinstalada, a situação continuava
caótica ontem na República
Democrática do Congo. Contingentes da ONU entraram
em combate para conter o
avanço dos rebeldes em direção a Goma, capital provincial a leste do país.
A população local, em parte refugiados da etnia dos hutus, atacou com pedras quartéis dos capacetes azuis, em
protesto pela não-proteção
contra os rebeldes do general
destituído Laurent Nkunda.
A ONU tem naquele país
africano 17 mil militares.
Em Nova York, a organização internacional acusou
Nkunda de ruptura unilateral do cessar-fogo negociado
em janeiro último e anunciou que o comandante de
seu contingente, o general
espanhol Vicente de Villegas,
decidira abandonar o posto
"por motivos pessoais".
O Congo, ex-colônia belga
submetida por 32 anos à ditadura do coronel Joseph
Mobutu, viveu com conflitos
internos o maior desastre
humanitário da história africana, com a morte, entre
1998 e 2003, de 5,4 milhões
de pessoas, sobretudo pela
fome e por moléstias.
A atual guerra é um desdobramento do genocídio que
nos anos 90 vitimou a vizinha Ruanda. Os rebeldes, da
etnia tutsi, procuram controlar as regiões orientais do
país e desalojar os civis hutus
de suas terras. Desde sábado,
cerca de 20 mil refugiados
deixaram suas casas nas imediações de Goma.
O presidente congolês, Joseph Kabila, anunciou ontem a formação de um novo
governo para frear o agravamento do conflito interno,
no qual seu Exército tem se
mostrado ineficiente.
Com agências internacionais
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