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TENSÃO NUCLEAR
Irã pedirá mudanças em acordo de enriquecimento de urânio
DA REDAÇÃO
Embora Teerã pretenda
aceitar o "quadro geral" de
um plano discutido com seis
potências em relação a seu
programa nuclear, deverá
buscar "mudanças importantes" no acordo, informou
a TV estatal iraniana ontem.
EUA, França, Rússia, Reino Unido, China e Alemanha
aguardam desde a semana
passada a posição do Irã sobre proposta elaborada com
a Agência Internacional de
Energia Atômica (AIEA) para garantir que o Irã possa
usar urânio enriquecido em
pesquisas, mas não para fins
militares. O Irã diz que seu
programa nuclear visa obter
energia. A resposta oficial
deverá ser dada amanhã.
O plano prevê que os iranianos enviem cerca de 85%
de seu estoque de urânio
pouco enriquecido para Rússia e França. Nesses países,
ele seria enriquecido um
pouco mais e moldado para
fins medicinais, em níveis
inadequados para uma bomba. O envio também garantiria que Teerã não teria em
mãos quantidade suficiente
do material para a arma.
Mas as declarações de ontem sugerem que, enquanto
Teerã poderá exportar parte
de seu estoque, a quantidade
e a velocidade do envio vão
decepcionar as expectativas.
Europeus já dizem que não
aceitarão alterações nos fundamentos do acordo.
Neste momento delicado,
a visita do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad,
ao Brasil, marcada para 23 de
novembro, se tornou motivo
de preocupação. Ontem, o
Congresso dos EUA organizou audiência sobre o Irã, na
qual foi dado o alerta de que o
Brasil "brinca com fogo".
"A aproximação do Brasil
com o Irã dará um incentivo
ao regime de Ahmadinejad,
enquanto a comunidade internacional tenta encontrar
uma solução para o problema da proliferação nuclear",
disse aos congressistas Eric
Farnsworth, do "think tank"
Conselho das Américas.
Com agências internacionais
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