São Paulo, terça-feira, 28 de dezembro de 2004

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PARAÍSO DESTROÇADO

Guerrilha prejudicou Sri Lanka, mas outros territórios eram visitados pelo calor e pelo mar

Praias e mergulho atraíam os europeus

SILVIO CIOFFI
EDITOR DE TURISMO

Menos pelo Sri Lanka, onde as mortes causadas anteontem pelos maremotos ultrapassam 12 mil, e mais pela Tailândia e pela Malásia, essa região de ilhas e penínsulas entre o oceano Índico e o mar do Sul da China encerra enorme potencial turístico.
Castigado por tensões políticas e com graves problemas sociais, o Sri Lanka, com 19,1 milhões de habitantes, é exceção: a ilha recebe viajantes, notadamente japoneses, mas não possui muitos hotéis das grandes marcas, já que, desde 1983, budistas cingaleses e hindus tâmeis travam sangrentas disputas.
Como pontos turísticos, chamam a atenção o balneário de Phuket, na Tailândia, e o da ilha de Langkwai, na Malásia. Próximos um do outro, encravados à beira-mar em territórios relativamente montanhosos, esses dois locais diante do mar de Andaman dão as costas a áreas cobertas por florestas tropicais.
Recebem, assim, um grande número de europeus e americanos, atraídos pelas praias e pelas ilhotas rochosas que assumem formações intrigantes.
Mais agitada, a tailandesa Phuket há muito entrou nos roteiros turísticos e passou a ser freqüentada por milionários e esportistas que ali compraram imóveis. A Tailândia é uma monarquia parlamentarista de 62,8 milhões de habitantes e é, entre os países atingidos pelo terremoto, o que mais explora o turismo, seja em Bancoc, onde a prostituição é um flagelo, seja em Phuket, procurada por suas praias idílicas.
Já na malaia Langkawi, uma ilha coberta por mata tropical e distante 51 km do continente, o agito turístico é bem menor.
Foi nessa ilha da Malásia, uma federação de nove sultanatos hereditários de 24,4 milhões de habitantes, que o ex-primeiro-ministro Mahathir Mohamad começou sua carreira política. Anti-semita confesso, Mahatir governou entre 1981 e 2003. Turistas com passaporte israelense são proibidos de visitar o país.
Mahatir manteve em Langkawi um museu com os 2.500 presentes que recebeu no poder, de carros, motos e veículos civis e militares inusitados.
Em pleno Índico, as ilhas Maldivas são uma República islâmica. É na verdade um atol de 1.192 ilhotas onde apenas 202 são habitadas. O turismo explora, em cerca de oito dezenas de resorts, atividades ligadas ao mergulho. Com águas transparentes e imensa fauna marinha, a região é muito procurada por alemães e franceses. Esse arquipélago coralino, onde vivem 250 mil pessoas, tem altitudes que não ultrapassam os 3 metros.
Mianmar, antiga Birmânia, é uma ditadura que curiosamente recebe um grande número de mochileiros, sobretudo italianos, atraídos pelas florestas e pelos preços baixos.


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