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PARAÍSO DESTROÇADO
Guerrilha prejudicou Sri Lanka, mas outros territórios eram visitados pelo calor e pelo mar
Praias e mergulho atraíam os europeus
SILVIO CIOFFI
EDITOR DE TURISMO
Menos pelo Sri Lanka, onde as
mortes causadas anteontem pelos maremotos ultrapassam 12
mil, e mais pela Tailândia e pela
Malásia, essa região de ilhas e penínsulas entre o oceano Índico e
o mar do Sul da China encerra
enorme potencial turístico.
Castigado por tensões políticas
e com graves problemas sociais,
o Sri Lanka, com 19,1 milhões de
habitantes, é exceção: a ilha recebe viajantes, notadamente japoneses, mas não possui muitos
hotéis das grandes marcas, já
que, desde 1983, budistas cingaleses e hindus tâmeis travam
sangrentas disputas.
Como pontos turísticos, chamam a atenção o balneário de
Phuket, na Tailândia, e o da ilha
de Langkwai, na Malásia. Próximos um do outro, encravados à
beira-mar em territórios relativamente montanhosos, esses
dois locais diante do mar de Andaman dão as costas a áreas cobertas por florestas tropicais.
Recebem, assim, um grande
número de europeus e americanos, atraídos pelas praias e pelas
ilhotas rochosas que assumem
formações intrigantes.
Mais agitada, a tailandesa Phuket há muito entrou nos roteiros
turísticos e passou a ser freqüentada por milionários e esportistas que ali compraram imóveis.
A Tailândia é uma monarquia
parlamentarista de 62,8 milhões
de habitantes e é, entre os países
atingidos pelo terremoto, o que
mais explora o turismo, seja em
Bancoc, onde a prostituição é
um flagelo, seja em Phuket, procurada por suas praias idílicas.
Já na malaia Langkawi, uma
ilha coberta por mata tropical e
distante 51 km do continente, o
agito turístico é bem menor.
Foi nessa ilha da Malásia, uma
federação de nove sultanatos hereditários de 24,4 milhões de habitantes, que o ex-primeiro-ministro Mahathir Mohamad começou sua carreira política. Anti-semita confesso, Mahatir governou entre 1981 e 2003. Turistas com passaporte israelense
são proibidos de visitar o país.
Mahatir manteve em Langkawi um museu com os 2.500 presentes que recebeu no poder, de
carros, motos e veículos civis e
militares inusitados.
Em pleno Índico, as ilhas Maldivas são uma República islâmica. É na verdade um atol de 1.192
ilhotas onde apenas 202 são habitadas. O turismo explora, em
cerca de oito dezenas de resorts,
atividades ligadas ao mergulho.
Com águas transparentes e
imensa fauna marinha, a região
é muito procurada por alemães e
franceses. Esse arquipélago coralino, onde vivem 250 mil pessoas, tem altitudes que não ultrapassam os 3 metros.
Mianmar, antiga Birmânia, é
uma ditadura que curiosamente
recebe um grande número de
mochileiros, sobretudo italianos, atraídos pelas florestas e pelos preços baixos.
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