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Se for atacado, Iraque ameaça retaliar Kuait
DA REDAÇÃO
O vice-primeiro-ministro iraquiano, Tareq Aziz, disse ontem
que o Kuait poderá sofrer retaliações caso permita que seu território seja usado por forças americanas num eventual ataque ao Iraque. "Se houver um ataque desde
o Kuait, não posso dizer que não
haverá retaliação", disse Aziz.
O ministro da Defesa do Kuait,
o xeque Jaber Mubarak Alsabah,
declarou que o Iraque vai "pagar
caro" se atacar seu país. Segundo
ele, o Kuait é, atualmente, muito
mais forte militarmente do que
em 1990, quando as tropas iraquianas invadiram seu território.
Na última década, o país comprou sofisticados equipamentos
militares dos EUA, de quem também recebeu treinamento.
O Kuait foi invadido e anexado
pelo Iraque em 1990, o que levou a
ONU a autorizar a Guerra do Golfo, em 1991, na qual uma coalizão
militar, liderada pelos EUA, expulsou os iraquianos.
A invasão tem consequências
até hoje porque, nos termos do
cessar-fogo, o derrotado Iraque
teve de aceitar a destruição total
de seu arsenal de armas químicas
e biológicas. Como o país não
cumpriu a determinação, pode
sofrer novo ataque.
Ontem, o Iraque pediu à ONU
autorização para comprar dois
sofisticados radares, a serem instalados em dois importantes aeroportos do país, como condição
para autorizar que os inspetores
de armas façam vôos de reconhecimento em busca de instalações e
equipamentos militares.
A autorização seria necessária
porque o país está sob embargo
comercial e militar desde 1990. O
chefe dos inspetores, Hans Blix,
descartou a possibilidade de pedir
à ONU que autorizasse a compra.
No Iraque, Saddam Hussein
disse a alguns de seus principais
comandantes militares que a
"traição é um ato traiçoeiro".
"Vocês devem demonstrar vigilância, a legítima e apropriada vigilância", afirmou o ditador.
Com agências internacionais
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