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São Paulo, quarta-feira, 29 de janeiro de 2003

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Se for atacado, Iraque ameaça retaliar Kuait

DA REDAÇÃO

O vice-primeiro-ministro iraquiano, Tareq Aziz, disse ontem que o Kuait poderá sofrer retaliações caso permita que seu território seja usado por forças americanas num eventual ataque ao Iraque. "Se houver um ataque desde o Kuait, não posso dizer que não haverá retaliação", disse Aziz.
O ministro da Defesa do Kuait, o xeque Jaber Mubarak Alsabah, declarou que o Iraque vai "pagar caro" se atacar seu país. Segundo ele, o Kuait é, atualmente, muito mais forte militarmente do que em 1990, quando as tropas iraquianas invadiram seu território.
Na última década, o país comprou sofisticados equipamentos militares dos EUA, de quem também recebeu treinamento.
O Kuait foi invadido e anexado pelo Iraque em 1990, o que levou a ONU a autorizar a Guerra do Golfo, em 1991, na qual uma coalizão militar, liderada pelos EUA, expulsou os iraquianos.
A invasão tem consequências até hoje porque, nos termos do cessar-fogo, o derrotado Iraque teve de aceitar a destruição total de seu arsenal de armas químicas e biológicas. Como o país não cumpriu a determinação, pode sofrer novo ataque.
Ontem, o Iraque pediu à ONU autorização para comprar dois sofisticados radares, a serem instalados em dois importantes aeroportos do país, como condição para autorizar que os inspetores de armas façam vôos de reconhecimento em busca de instalações e equipamentos militares.
A autorização seria necessária porque o país está sob embargo comercial e militar desde 1990. O chefe dos inspetores, Hans Blix, descartou a possibilidade de pedir à ONU que autorizasse a compra.
No Iraque, Saddam Hussein disse a alguns de seus principais comandantes militares que a "traição é um ato traiçoeiro". "Vocês devem demonstrar vigilância, a legítima e apropriada vigilância", afirmou o ditador.


Com agências internacionais


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