São Paulo, sábado, 29 de janeiro de 2011

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EUA dizem que regime deve fazer reformas

ÁLVARO FAGUNDES
DE NOVA YORK

Os EUA elevaram ontem as suas críticas ao governo egípcio, pedindo reformas no seu principal aliado no Oriente Médio, mas fugiram das questões sobre se continuam a apoiar o regime do ditador Hosni Mubarak.
"Os EUA têm uma parceria próxima com o Egito. Mas sempre deixamos claro que são necessárias reformas: social, política e econômica", disse o presidente Barack Obama na noite de ontem, reiterando o que outros membros do seu governo disseram durante o dia.
"Na ausência delas, as queixas foram se acumulando ao longo do tempo."
Obama disse que conversou com Mubarak logo após o egípcio anunciar na TV a mudança em seu gabinete.
Para Obama, o ditador tem a "responsabilidade de dar sentido" a promessas como aumento da democracia e da liberdade no país.
Nas suas manifestações ontem, Obama, a secretária de Estado, Hillary Clinton, e o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, tiveram um discurso parecido, mostrando o cuidado que o governo adotou para não melindrar o governo egípcio.
O Egito tem importante papel de mediador nas negociações israelo-palestinas e também apoiou os EUA na disputa com o Irã.
As palavras mais duras de Hillary sobraram para o bloqueio de sites como o Twitter no país. "Nós instamos as autoridades a permitir protestos pacíficos e a reverter as medidas sem precedentes que tomaram cortando as comunicações."
Tanto Obama como Hillary criticaram o uso de violência pelas forças de segurança egípcias, mas "os manifestantes também devem conter a violência e se expressar pacificamente".
Os EUA não descartaram cortar a ajuda de US$ 1,5 bilhão ao Egito se a violência contra os protestos seguir.
A chanceler (premiê) alemã, Angela Merkel, disse que a estabilidade do Egito é muito importante, mas criticou a censura e pediu que o governo autorize as manifestações pacíficas.


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