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Testemunhas descrevem refém à beira da morte
DA REDAÇÃO
O drama do cativeiro da franco-colombiana Ingrid Betancourt começou a ganhar aspectos ainda mais dramáticos
diante de relatos, feito pelo defensor público colombiano,
Vólmar Pérez, e por moradores, de que a guerrilha teria
buscado atendimento médico
para a refém em um vilarejo do
sul colombiano.
O jornal colombiano "Hoy"
publicou ontem que integrantes das Farc aproveitaram-se
da suspensão das ações militares colombianas na região por
conta da da libertação de um
grupo de seqüestrados em 27
de fevereiro para levar a refém,
que sofre de leishmaniose e hepatite B, a um posto de saúde.
"Alguém me disse que suas
características físicas não distam muito da das crianças da
Somália", disse Volmar Pérez
anteontem, aumentando o clamor pela libertação imediata .
Nas cartas enviadas à mãe e
aos filhos, datadas de outubro
de 2007, Betancourt demonstra que sua percepção do mundo está abalada. E que suas forças se esvaem. Conta que anda
com dificuldade e lhe custa
acompanhar o grupo nas caminhadas pela floresta.
No início do cativeiro, que já
leva mais de seis anos, disse que
fazia exercícios físicos e até nadava. Mas, agora, não sente
vontade. Parou de comer, perdeu o apetite, enquanto seus
cabelos caem. Por fim, admite
que sua morte "seria um alívio
para todo mundo".
O texto começa com o seguinte cabeçalho: "Selva colombiana, quarta-feira, 24 de
outubro, às 8h34, uma manhã
chuvosa, como a minha alma".
O ex-senador Luis Eladio Pérez, do grupo libertado pela
guerrilha em fevereiro, também reforçou os relatos de que
o quadro de Betancourt, deprimida e sob maus tratos da guerrilha, era uma luta contra o
tempo. Ele cobra do governo
uma "solução política" para a
questão.
Com agências internacionais
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