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Casos nos EUA vão a 64, e Obama pede US$ 1,5 bi para conter surto
ANDREA MURTA
DE NOVA YORK
O temor da gripe suína nos
EUA, em estado de emergência
desde domingo, se elevou exponencialmente ontem, quando o
número de casos confirmados
passou de 40 a ao menos 64, e
as suspeitas foram a centenas.
O governo alertou que mortes deverão ocorrer devido à
doença no país, e o presidente
Barack Obama pediu ao Congresso a liberação de US$ 1,5 bilhão para combater o surto.
O pedido, classificado como
"excesso de precaução", chegou
sob questionamentos sobre a
prontidão do governo para lidar com uma epidemia. Só no
final da tarde de ontem o Congresso aprovou a governadora
do Kansas, Kathleen Sebelius,
como secretária da Saúde -a
pasta até então estava vaga.
Seguem sem titular escolhido por Obama o CDC (Centro
de Controle de Doenças), o posto de supervisor de serviços
médicos públicos e a Agência
de Remédios e Alimentos
(FDA). O Departamento da
Saúde e o CDC concentram os
esforços contra epidemias.
A secretária da Segurança Interna, Janet Napolitano, disse
estar formando uma força-tarefa para coordenar a reação
dos EUA. "É muito provável
que vejamos casos mais sérios
da doença e algumas mortes à
medida em que o ciclo da gripe
continue", disse em entrevista
coletiva. "A melhor estimativa
é que estamos no começo do
que poderá ser um ciclo longo."
Ela também disse que está
resistindo a pedidos de legisladores para uma checagem mais
agressiva de viajantes que chegam de avião do México ao país.
Por enquanto não foram relatados casos de pessoas barradas.
A Califórnia, na fronteira
com o México, declarou emergência ontem. Há dez casos
confirmados pelo CDC no Estado; duas mortes com sintomas suspeitos foram examinadas, mas testes laboratoriais
preliminares foram negativos.
Outros 2 casos estavam confirmados ontem no Kansas, 1
em Ohio, 6 no Texas e 45 em
Nova York, onde o surto surgiu
entre estudantes da escola St.
Francis. Ontem, autoridades
alertaram que alunos de outras
duas escolas de Nova York podem estar contaminados. Um
menino de dois anos e uma mulher foram hospitalizados.
O prefeito Michael Bloomberg afirmou que "centenas" de
outros estudantes, funcionários e parentes dos alunos da St.
Francis podem ter o vírus.
Até agora, cinco casos confirmados levaram à internação
nos EUA. Não houve morte.
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