São Paulo, quarta-feira, 29 de abril de 2009

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Casos nos EUA vão a 64, e Obama pede US$ 1,5 bi para conter surto

ANDREA MURTA
DE NOVA YORK

O temor da gripe suína nos EUA, em estado de emergência desde domingo, se elevou exponencialmente ontem, quando o número de casos confirmados passou de 40 a ao menos 64, e as suspeitas foram a centenas.
O governo alertou que mortes deverão ocorrer devido à doença no país, e o presidente Barack Obama pediu ao Congresso a liberação de US$ 1,5 bilhão para combater o surto.
O pedido, classificado como "excesso de precaução", chegou sob questionamentos sobre a prontidão do governo para lidar com uma epidemia. Só no final da tarde de ontem o Congresso aprovou a governadora do Kansas, Kathleen Sebelius, como secretária da Saúde -a pasta até então estava vaga.
Seguem sem titular escolhido por Obama o CDC (Centro de Controle de Doenças), o posto de supervisor de serviços médicos públicos e a Agência de Remédios e Alimentos (FDA). O Departamento da Saúde e o CDC concentram os esforços contra epidemias.
A secretária da Segurança Interna, Janet Napolitano, disse estar formando uma força-tarefa para coordenar a reação dos EUA. "É muito provável que vejamos casos mais sérios da doença e algumas mortes à medida em que o ciclo da gripe continue", disse em entrevista coletiva. "A melhor estimativa é que estamos no começo do que poderá ser um ciclo longo."
Ela também disse que está resistindo a pedidos de legisladores para uma checagem mais agressiva de viajantes que chegam de avião do México ao país. Por enquanto não foram relatados casos de pessoas barradas.
A Califórnia, na fronteira com o México, declarou emergência ontem. Há dez casos confirmados pelo CDC no Estado; duas mortes com sintomas suspeitos foram examinadas, mas testes laboratoriais preliminares foram negativos.
Outros 2 casos estavam confirmados ontem no Kansas, 1 em Ohio, 6 no Texas e 45 em Nova York, onde o surto surgiu entre estudantes da escola St. Francis. Ontem, autoridades alertaram que alunos de outras duas escolas de Nova York podem estar contaminados. Um menino de dois anos e uma mulher foram hospitalizados.
O prefeito Michael Bloomberg afirmou que "centenas" de outros estudantes, funcionários e parentes dos alunos da St. Francis podem ter o vírus.
Até agora, cinco casos confirmados levaram à internação nos EUA. Não houve morte.


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