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ARGENTINA
Cristina perdoa dívidas da mídia em troca de anúncios
DE BUENOS AIRES
Em confronto aberto com
o maior grupo de mídia do
país, o governo da Argentina
começou nesta semana a fechar acordos com meios de
comunicação para trocar dívidas tributárias por espaços
de publicidade.
Ao aderir aos convênios, as
empresas se comprometem
a ceder espaço de forma gratuita ao governo por até cinco anos. Os primeiros meios
a aderir foram dois jornais e
um canal de TV locais e duas
grandes emissoras de TV
aberta: Telefé e América.
Com eleições no país em
menos de um mês, a Receita
argentina informou ontem
que o cancelamento de dívidas começará a valer só depois do pleito, para "evitar
suspeitas eleitorais".
Além dos convênios, que,
segundo o governo, beneficiarão até 500 empresas, a
presidente Cristina Kirchner enviará projeto ao Congresso para reduzir a cobrança de imposto sobre preços
de capa de revistas e jornais
-a alíquota hoje é de 10,5%.
Cristina e o ex-presidente
Néstor Kirchner (2003-2007) mantêm uma relação
conturbada com a imprensa,
com críticas ao que chamam
"monopólios midiáticos".
Em março, o governo lançou
projeto de lei para alterar a
regulação do setor, iniciativa
que atinge interesses do grupo Clarín, maior conglomerado de mídia no país.
Entre outros pontos, a
proposta autoriza a entrada
de empresas de serviços públicos no mercado de TV a
cabo, dominado pelo Clarín.
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