São Paulo, segunda-feira, 29 de junho de 2009

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entrevista

"Zelaya atuou à margem da Constituição"

DO ENVIADO A TEGUCIGALPA

Do Partido Liberal assim como o presidente Manuel Zelaya, a deputada Myrna Castro foi uma das que apoiaram a destituição do seu correligionário, acompanhada da maior parte de sua bancada (62 dos 128 deputados). A seguir, a entrevista concedida à Folha no Congresso, pouco antes da sessão que nomeou Roberto Micheletti como o novo mandatário de Honduras:0 (FM)

 

FOLHA - Por que a carta de renúncia de Zelaya é de três dias antes, quinta-feira?
MYRNA CASTRO -
Parece que ele primeiro assinou a renúncia, mas depois decidiu prosseguir com o seu processo de consulta ilegal. Tudo isso começou quando se aprovou a entrada na Alba [bloco liderado pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez]. Nós aprovamos, mas não queríamos que isso afetasse o Estado de direito.

FOLHA - Por que a sra. retirou seu apoio a Zelaya?
CASTRO -
Eu deixei de apoiá-lo no momento em que ele começou a atuar à margem da lei. Eu sou advogada. Eu respeito a Constituição. Ele praticou uma quantidade enorme de delitos, o Congresso tem um relatório demonstrando isso.

FOLHA - A sra. votou pela entrada na Alba?
CASTRO -
Sim, e me arrependo. Estou a favor dos programas sociais, o problema é que se fez uma campanha de luta de classes entre ricos e pobres, com ataques constantes ao setor privado.


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