São Paulo, quarta-feira, 29 de junho de 2011

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Brasil quer mercado do Cone Sul só para a região

Tema será discutido na estreia de Dilma no bloco

LUCAS FERRAZ
ENVIADO ESPECIAL A ASSUNÇÃO

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendeu ontem, no Paraguai, que o mercado do Mercosul seja preservado para os países da própria América Latina. O objetivo é protegê-los contra a invasão de produtos chineses, americanos e europeus.
"Não é porque nossos países crescem mais que eles devem ser invadidos por produtos de quem não tem para onde vender", disse em Assunção, onde tem início hoje a 41º cúpula de presidentes do Mercosul.
Segundo o ministro, há um desespero generalizado das economias "dos EUA, dos países europeus e até dos asiáticos" em busca de clientes fora de seus mercados.
"Devemos cuidar para que nossos mercados sirvam para estimular o nosso crescimento, não o dos outros países", completou ele.
Segundo Mantega, a ideia de proteger o mercado do Cone Sul ainda depende de aprovação dos presidentes dos países-membros. O assunto será tratado hoje.

ESTREIA DE DILMA
Em sua estreia em cúpulas do Mercosul, a presidente Dilma Rousseff deveria se reunir hoje com a colega argentina, Cristina Kirchner, para discutir a crise causada por adoção de barreiras comerciais. Cristina, no entanto, cancelou sua presença por causa de uma lesão na testa.
O tema das barreiras é um dos principais problemas do Mercosul. Paraguaios e uruguaios também reclamam sobre as medidas protecionistas de Brasil e Argentina.
Dilma ainda terá uma reunião com o presidente Fernando Lugo. Um diplomata paraguaio disse à Folha que, além de agradecer pelo aumento da tarifa paga pela energia de Itaipu, Lugo quer do Brasil o compromisso de negociar uma nova alta.


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