São Paulo, quarta-feira, 29 de junho de 2011

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Irmão de Chávez ganha visibilidade com doença

Imprensa venezuelana fala sobre sucessão

FLÁVIA MARREIRO
DE CARACAS

Ante a falta de dados precisos sobre a saúde do presidente Hugo Chávez, analistas e a mídia venezuelana se dedicam a analisar os movimentos do irmão do presidente, Ádan, governador do Estado natal da família, Barinas (oeste do país).
Em tese, se Chávez deixar o poder temporariamente, ele pode nomear o irmão para terminar o mandato até 2012. Pela Carta venezuelana, o vice é um cargo de livre nomeação e remoção pelo presidente. Atualmente, ocupa o posto o ex-líder estudantil Elias Jaua.
Irmão mais velho de Chávez e considerado seu mentor ideológico, o governador apareceu no fim de semana liderando uma reunião do PSUV, a legenda chavista, e pregando a defesa de seu movimento político.
Na segunda-feira, em outra aparição na TV nacional, ele estava ao lado de toda a dirigência do partido.
"Curiosamente, Ádan surgiu utilizando tanto sua retórica revolucionária como sua visibilidade pública, sugerindo que ele pode estar se preparando para uma transição", apontaram os analistas da consultoria Eurasia Group em um artigo para a "Foreign Policy".
Para o analista opositor Teodoro Petkoff, do jornal "Tal Cual", é inusual a aparição do governador de Barinas, em geral "discretíssimo".
"O PSUV está em embulição", disse ele à Folha. "A data limite para o país será 5 de julho. Se Chávez aparece, mesmo convalescente, a vida seguirá", continua.
Ontem, o colunista do jornal "El Universal" Nelson Bocaranda voltou a dizer que o presidente sofre de câncer, e disse que ele voltaria ao país na sexta e poderia seguir para o Hospital Militar Carlos Arvelo. A unidade restringiu hospitalizações.


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