São Paulo, quarta-feira, 29 de julho de 2009

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Prefeitos israelenses apostam em cooperação com palestinos

Projetos sociais e de serviços básicos avançam, mas Hamas é obstáculo, diz um deles

RAPHAEL GOMIDE
DA SUCURSAL DO RIO

Dois prefeitos israelenses que participaram do Seminário Internacional de Mídia sobre a Paz no Oriente Médio, encerrado ontem no Rio, estão desenvolvendo projetos de cooperação com palestinos da faixa de Gaza e da Cisjordânia.
Para Benny Vatkin, de Ashkelon, e Haim Avitan, de Hadera, essa é a melhor maneira de melhorar a vida das pessoas e promover a integração entre os povos, independentemente da política e da diplomacia oficial de Israel e dos palestinos.
Vatkin administra Ashkelon, cidade fronteiriça de Gaza frequentemente atingida por foguetes lançados pelos militantes do Hamas, grupo extremista que governa o território.
De acordo com eles, projetos de dessalinização e distribuição de água, tratamento de esgoto, usinas de transformação de lixo em energia e incubadoras de tecnologia estão em fase avançada de implementação em parceria com o prefeito de Gaza, Maged Abu Ramadan, e com a Cisjordânia.
Vatkin e Avitan acreditam que esse tipo de iniciativa é necessária para reduzir a beligerância. "Usaremos ferramentas de trabalho em vez de armas", disse Avitan, à frente de um programa de purificação de água e envio para o território palestino vizinho, que pede apoio financeiro à ONU.
"Queremos ajudar as pessoas. Trabalhando juntos é possível quebrar a desconfiança mútua e preparar o campo para uma cooperação frutífera. Um objetivo é montar uma fábrica de reciclagem de lixo na fronteira e fornecer toda a energia de Gaza", afirmou Vatkin. Presidente de uma incubadora de tecnologia em Ashkelon, ele pretende ajudar os moradores de Gaza a fazer as suas próprias incubadoras.
"Só o Hamas atrapalha, porque dificulta esse intercâmbio. Por exemplo: consegui para o prefeito de Gaza visto de saída VIP, passagem aérea, tudo estava certo, mas o Hamas determinou que não viesse, nas últimas horas antes do embarque para o Rio." A assessoria da ONU no Rio ratificou a informação.


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