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Diplomata dos EUA faz turnê em defesa de bases
DE WASHINGTON
DE BUENOS AIRES
Desde o começo da semana,
um enviado especial do Departamento de Estado americano
visita países da América do Sul
com a missão de acalmar ânimos em relação ao acordo militar entre EUA e Colômbia.
Christopher McMullen, responsável na Chancelaria por
assuntos andinos e do Cone
Sul, iniciou seu périplo também como resultado da conversa telefônica entre Luiz Inácio
Lula da Silva e Barack Obama,
no último dia 21, na qual o brasileiro convidou o colega americano a participar da reunião
de ontem da Unasul.
Ouviu que ele estaria em férias na época, mas que os dois
se encontrariam para conversar na reunião do G20, marcada
para o mês que vem, em Pittsburgh. Um funcionário do Estado seria destacado para explicar os termos do acordo. É o
que vem fazendo McMullen,
ex-cônsul-geral em São Paulo,
que visitou Brasil, Uruguai e
Argentina antes da cúpula.
Em todos, passou a mesma
mensagem: de que o acordo entre os dois países é uma atualização do que existe há muitos
anos e que o objetivo é atacar
ameaças de segurança internas
da Colômbia, como as Farc
(Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), o tráfico de
drogas e o crime transnacional.
De quebra, criticou Hugo
Chávez. Em Montevidéu,
McMullen qualificou de "irresponsável" a observação feita no
começo do mês pelo venezuelano, de que "sopram ventos de
guerra na América do Sul".
Em entrevista ao jornal argentino "La Nación", o subsecretário afirmou que a reação
de Lula ao acordo deu-se "porque ele não tinha informação
completa. Falaram-lhe de um
incremento das bases e, dada a
tradicional preocupação do
Brasil com a Amazônia, era lógico que ele se preocupasse".
Para McMullen, "as suspeitas de mísseis comprados pela
Venezuela e desviados para [a
guerrilha colombiana] Farc e o
vídeo de Mono Jojoy sobre Rafael Correa [que sugere aporte
de verba das Farc na campanha
do presidente equatoriano]
criaram a tormenta perfeita".
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