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Atentados matam 32 em Bagdá
Quatro explosões atingiram civis que faziam compras e desjejum do Ramadã na capital iraquiana
Depois de haver relativa tranqüilidade nos primeiros dias, atentados terroristas marcam a semana final do mês sagrado muçulmano
DA REDAÇÃO
Quatro explosões mataram
ontem ao menos 32 pessoas em
áreas movimentadas de Bagdá,
onde iraquianos faziam o desjejum do Ramadã e compravam
itens para as festividades que
marcam o fim do mês sagrado
muçulmano, nesta semana.
No início da noite, um carro-bomba explodiu em um estacionamento no centro da capital, no distrito comercial de
Karrada. Pouco depois, um terrorista suicida detonou explosivos no mesmo local, informou o Ministério do Interior.
Explosões seqüenciais costumam potencializar o número
de mortos, atingindo os que
prestam socorro aos feridos.
O duplo atentado matou 19
pessoas e deixou 72 feridos
-alguns deles em estado grave,
segundo a polícia. Entre eles,
há várias mulheres e crianças.
Pouco antes veículos estacionados tinham explodido em
dois outros bairros movimentados da capital. A primeira
bomba foi detonada em um microônibus em Shurta, na zona
sul da cidade, matando 12 pessoas e deixando 35 feridos.
Um outro carro explodiu no
mercado de um bairro próximo
e fez uma vítima.
Violência anunciada
Qassim Moussawi, porta-voz
de segurança da capital iraquiana, diz que as autoridades já esperavam aumento dos ataques
em Bagdá nesta época, quando
o movimento é intenso e concentrado nas primeiras horas
da noite por conta da quebra do
jejum após o pôr-do-sol.
Moussawi diz que a segurança foi reforçada nos postos de
controle, mas lamentou que as
medidas não tenham sido suficientes para prevenir os atentados. Segundo ele, os terroristas
estão montando os explosivos
nos próprios bairros dos ataques, para evitar blitzes da polícia e do Exército.
Os primeiros dias do Ramadã
foram considerados relativamente tranqüilos, mas a violência recruscedeu na segunda
metade do mês. O comandante
militar americano em Bagdá,
Jeffery Hammond, disse na semana passada que, apesar desses atentados, ele estava testemunhando o Ramadã mais pacífico desde 2005.
As condições no Iraque e particularmente em Bagdá são
consideradas as melhores dos
últimos quatro anos, apontam
dados dos EUA, graças, parcialmente, ao aumento do contingente militar americano em
campo a partir de 2007. O número de mortos, porém, voltou
a se estabilizar após uma queda
significativa no final de 2007.
Com agências internacionais
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