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GUERRA SEM LIMITES
Cinco suspeitos de recrutar suicidas para ataques no Iraque são detidos; Reino Unido também prende um
Roma e Berlim deflagram ação antiterror
DA REDAÇÃO
Cinco norte-africanos foram
presos ontem e anteontem em
ações antiterror desenvolvidas
pelas polícias da Itália e da Alemanha. Em Manchester, a polícia
britânica prendeu outro suspeito.
Em Hamburgo (norte da Alemanha), o argelino Mahdjoub
Abderrazak, 29, foi detido a pedido da Itália por suposta participação em uma operação de recrutamento de voluntários para ataques suicidas no Iraque.
Abderrazak já havia sido detido
em julho pela polícia alemã, por
possíveis conexões com um atentado a bomba a ser feito na Espanha, mas foi solto por insuficiência de provas.
Anteontem, os tunisianos Bouyahia Maher Ben Abdelaziz, Toumi Ali Ben Sassi e Bentiwaa Farida
Ben Bechir e o marroquino Housni Jamal foram presos em cidades
do norte da Itália sob a acusação
de arregimentar terroristas suicidas para agir no Iraque. Segundo
o Ministério do Interior italiano,
ainda há dois suspeitos (um iraquiano e uma tunisiana) sendo
procurados. O ministério ainda
confirmou a prisão, há uma semana, de um outro suspeito tunisiano.
Os presos devem ir a julgamento por "associação subversiva para terrorismo internacional", com
base em legislação criada após o
11 de Setembro.
Os investigadores acreditam
que os suspeitos tenham ligações
com o grupo extremista islâmico
Ansar al Islam, que, por sua vez,
relaciona-se com a Al Qaeda. Notícias divulgadas na imprensa italiana também dão conta de que
Abderrazak tem conexões com o
grupo palestino Al Tahwid, sediado em Londres. A Itália já prendeu neste ano 71 pessoas por supostos vínculos com o terrorismo.
Essas prisões recentes mostram
que grupos radicais islâmicos e
simpatizantes da rede terrorista
Al Qaeda -apontados como os
responsáveis pelos atentados na
Arábia Saudita e na Turquia neste
mês- aparentemente continuam ativos e com operações planejadas em diversas frentes.
Reino Unido
A polícia britânica fez ontem
buscas em outras três casas em
Gloucester (sudoeste da Inglaterra), próximas do local onde um
suspeito, Sajid Badat, 24, foi preso, na quinta-feira.
A polícia informou que havia
uma "relativamente pequena
quantidade de explosivos" na casa ocupada por Badat. Segundo
especulações da mídia britânica,
Badat, que é cidadão britânico e
tem origem paquistanesa, estaria
planejando uma explosão em um
estádio de futebol ou um ataque à
família real.
O ministro do Interior, David
Blunkett, afirmou que Badat pode
ter conexões com a Al Qaeda.
"Não teríamos tomado essas atitudes se não acreditássemos que
esse indivíduo representasse uma
ameaça séria à vida e à liberdade
de nosso país."
Em Manchester (norte da Inglaterra), um homem de 39 anos foi
preso ontem como resultado de
uma outra investigação.
O Reino Unido está há mais de
duas semanas em estado de alerta,
desde que o serviço de inteligência anunciou ter dados sobre um
possível ataque. O chefe da polícia
do país, John Stevens, disse na semana passada que Londres permanecerá em estado de alerta pelo "futuro próximo".
A Itália e o Reino Unido são alvos potenciais do terrorismo por
terem dado firme apoio à invasão
do Iraque comandada pelos Estados Unidos. Embora tenha se posicionado contra a guerra, a Alemanha tem uma grande população muçulmana (cerca de 3,3 milhões de pessoas) e é vista como
possível base terrorista.
Ainda ontem, o comando da
força de paz chefiada pela Otan
(aliança militar ocidental, liderada pelos EUA) em Kosovo (Província da Sérvia) divulgou ter informações sobre um ataque a organizações internacionais que
operam na região.
Com agências internacionais
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