|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TAILÂNDIA
Chefe da polícia cai, e governo quer desocupar aeroportos
TIM JOHNSTON
DO "FINANCIAL TIMES", EM BANCOC
O premiê da Tailândia
afastou ontem o chefe da polícia nacional, enquanto seu
governo se esforçava para superar o desafio criado por
manifestantes oposicionistas que ocupam dois aeroportos do país desde o início
da semana.
O afastamento do general
Patcharawat Wongsuwan é
indicativo da lealdade incerta de figuras chaves das forças de segurança supostamente sob o comando do
premiê, Somchai Wongsawat. Nenhum motivo foi
apresentado para justificar a
passagem do general a um
papel não ativo no gabinete.
Foi nomeado um colega dele
de escalão inferior para chefiar a força-tarefa designada
para enfrentar os protestos.
Na noite de quinta-feira
Somchai declarou estado limitado de emergência na região que cerca os aeroportos
ocupados. A iniciativa abre o
caminho para a polícia fazer
uso de força para dispersar
os manifestantes.
"O governo não quer desencadear violência ou baixas, portanto, para aplicar lei
sob a prática internacional,
há negociações em curso",
disse o premiê. Ele informou
ainda que o processo inteiro
-incluindo a expulsão dos
manifestantes, se for necessária- será transmitido pela
televisão, para mostrar que
não será empregada força excessiva.
A expectativa é que as negociações comecem seriamente hoje, mas, mesmo que
tenham êxito, vai demorar
algum tempo até o aeroporto
internacional de Suvarnabhumi ou o aeroporto doméstico de Don Muong voltarem a operar.
Mais de 10 mil passageiros
por dia costumam passar pelo aeroporto internacional, e
o ministro do Turismo, Weerasak Kowsurat, estima que
cerca de 90 mil turistas não
conseguiram deixar o país
desde que o aeroporto foi fechado, na noite de terça-feira. Companhias aéreas estão
operando vôos emergenciais
a partir de uma base naval a
sudoeste de Bancoc.
Os dados econômicos relativos a outubro, divulgados
ontem, revelam um quadro
sombrio para uma economia
que depende das exportações para 70% de sua receita.
As exportações cresceram
4,7% em relação a um ano
antes -o índice menor dos
últimos seis anos. Os investimentos privados, o consumo
e a atividade manufatureira
mostram sinais claros de desaceleração rápida.
Tradução de CLARA ALLAIN
Texto Anterior: Camaradas: Medvedev fecha em Cuba giro para estreitar laços latinos Próximo Texto: Argentina: Menem ouve acusação de contrabando Índice
|