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Suíços aprovam expulsão de imigrantes com condenação
Medida é estabelecida um ano após lei que proíbe minaretes
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
A Suíça aprovou ontem,
em referendo, lei que determina a expulsão automática
de imigrantes condenados
por crimes no país. A medida
inclui cidadãos europeus.
Segundo a contagem dos
votos nas 26 províncias, o
sim obteve 52,9% dos votos,
contra 47,1% que votaram
contra. O número de pessoas
favoráveis à medida, no entanto, é inferior ao que apontavam projeções anteriores.
Serão deportados automaticamente imigrantes condenados por crimes como estupro, assassinato, tráfico de
drogas e pessoas. A Anistia
Internacional qualificou a
votação de "jornada negra
para os direitos humanos".
A autoria do texto é do partido de extrema direita SVP
(Partido do Povo Suíço). É o
mesmo grupo político que
sugeriu a polêmica proibição
de minaretes nas mesquitas
do país -medida também
aprovada em referendo, há
cerca de um ano.
Durante a campanha do
referendo atual, foram usados pôsteres que mostram
um grupo de ovelhas brancas
chutando outra, negra, para
fora de uma bandeira suíça.
O projeto foi aprovado
com quase unanimidade nas
regiões de língua alemã do
país e negado nas áreas em
que o francês é o idioma predominante -como Genebra
e Friburgo.
PREOCUPAÇÃO
O governo suíço tentava
uma opção mais branda para
a lei, preocupado com a repercussão da medida e com
receio de violar acordos com
a União Europeia.
A Suíça não faz parte da
União Europeia, mas mantém com o bloco um acordo
que permite a livre circulação de suíços e dos cidadãos
dos 27 países.
Pelo projeto do governo, o
expulso deixaria o país assim
que cumprisse a pena e ficaria proibido de voltar à Suíça
por um prazo de 5 a 20 anos.
Após a derrota, o Ministério da Justiça suíço assegurou que as expulsões respeitarão as leis internacionais e
a Constituição.
Outro tema colocado em
votação ontem no país, a implementação de impostos
equitativos, foi negado por
58,5% dos votos.
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