DA REDAÇÃO

O petroleiro brasileiro Amazonian Explorer chegou ontem a Anzoategui (cerca de 220 km a leste de Caracas), para entregar 525 mil barris de gasolina. Petroleiros menores começaram a transferir a carga para outros portos -a demanda interna diária normal na Venezuela é de 400 mil barris de gasolina.
A oposição venezuelana, que empreende uma greve geral desde o dia 2 de dezembro com o intuito de destituir o presidente Hugo Chávez ou ao menos antecipar as eleições, afirma que a venda emergencial de gasolina feita pelo Brasil configura uma intervenção indevida no país vizinho.
Chávez disse que está vencendo a batalha contra a greve geral no país, que entrou no sábado em seu 27º dia. "Estamos emergindo da situação em que caímos", afirmou. O presidente disse que a distribuição de combustíveis está sendo normalizada.
Apesar da declaração do mandatário venezuelano, as filas nos postos de gasolina continuavam longas em Caracas e em outras cidades.
Desde que o setor de petróleo -que é monopólio do Estado- aderiu à greve, Chávez tem tomado atitudes emergenciais, como mandar tropas para ocupar refinarias e petroleiros e usar caminhões privados no esforço de distribuição.