São Paulo, sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

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Meca reforça segurança para peregrinação

Ponte Jamarat, onde morreram 362 peregrinos em janeiro, teve primeira parte da reforma concluída

DA REDAÇÃO

O Haj, tradicional peregrinação de muçulmanos a Meca, na Arábia Saudita, começou ontem sob novas medidas de segurança. A principal é a conclusão da primeira fase do projeto de ampliação da ponte Jamarat, onde 362 peregrinos morreram pisoteados em janeiro.
De acordo com fontes oficiais, o governo saudita liberou US$ 1,1 bilhão para a transformação da ponte em uma estrutura de quatro andares. A primeira fase permite que 250 mil peregrinos passem pela ponte por hora. Quando as obras terminarem, a ponte poderá acomodar 4 milhões de pessoas.
Segundo o ministro saudita do Interior, príncipe Nayef, as melhorias introduzias este ano devem prevenir a superlotação na ponte, local onde muçulmanos realizam o apedrejamento de três pilares que representam o demônio nos últimos três dias do Haj.
Para garantir a segurança, o governo saudita também proibiu bagagens nos locais de peregrinação. A região de Meca, que este ano deve receber quase 3 milhões de muçulmanos, conta com cerca de 50 mil seguranças para o evento.
O governo anunciou que implantará um forte controle para inibir a entrada na cidade de pessoas sem permissão oficial. Este ano, um número recorde de 1,65 milhão de estrangeiros obtiveram a permissão -um aumento de 6% em relação ao ultimo Haj. Centenas de milhares de sauditas também costumam receber a autorização.
Há alguns anos, autoridades vêm tentando prevenir acidentes, sem sucesso. Em 2004, os três pilares foram substituídos por muros, que oferecem uma superfície maior para serem alvejados. Dessa forma, as pessoas não precisam chegar tão perto, evitando tumultos.
Até mesmo autoridades religiosas colaboraram, ampliando o horário em que os fiéis podem realizar o apedrejamento -que tradicionalmente ocorre do meio-dia ao pôr-do-sol. Clérigos xiitas permitiram aos fiéis que iniciem já de manhã o ritual -considerado o ponto mais crítico do Haj. Milhares de pessoas já morreram pisoteadas durante o rito.
O islã determina que todos os muçulmanos adultos que tiverem condições físicas e financeiras para realizar o Haj, cujas atividades duram cinco dias, o façam ao menos uma vez.


Com agências internacionais


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