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PF é ausente da fronteira com o Suriname
RODRIGO VIZEU
DA AGÊNCIA FOLHA
Com 593 km de extensão, a
fronteira do Brasil com o Suriname não tem nem sequer um
ponto de fiscalização da Polícia
Federal para controlar o tráfego internacional.
Já nas fronteiras do Brasil
com a Guiana Francesa e Guiana, há dois pontos de controle,
responsáveis pela imigração e
pela repressão à entrada de
drogas e armas.
Um deles fica em Oiapoque
(Amapá), e o outro, em Bonfim
(Roraima).
A unidade amapaense tem 14
agentes e cinco delegados para
monitorar os 707 km de limites
estrangeiros do Estado.
O Suriname faz fronteira
com Amapá e Pará, sendo que
91% com o território paraense.
No Estado, há cinco pontos de
fiscalização internacional, mas
nenhum deles é fronteiriço.
No total, há 27 pontos da PF
espalhados pelas fronteira do
país. Em toda a região Norte,
com 10.948 km de fronteira
amazônica com sete países, são
12 pontos, o que representa
uma unidade a cada 912 km.
Na região Sul, só o Estado do
Paraná, com 501 km de fronteira com Paraguai e Argentina,
tem cinco unidades de fiscalização -o que corresponde à razão de um ponto a cada 100 km.
Outro exemplo de distribuição desigual ocorre na região
Centro-Oeste.
O Mato Grosso do Sul tem
1.517 km de limites com Paraguai e Bolívia e cinco unidades
de fiscalização fronteiriça. Já o
Estado de Mato Grosso, com
780 km de fronteira seca com a
Bolívia, é desprovido de pontos
de controle.
Questionada pela Folha, a
PF informou que o único assessor que poderia comentar o assunto estava incomunicável até
o fim da tarde de ontem.
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