São Paulo, terça-feira, 29 de dezembro de 2009

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PF é ausente da fronteira com o Suriname

RODRIGO VIZEU
DA AGÊNCIA FOLHA

Com 593 km de extensão, a fronteira do Brasil com o Suriname não tem nem sequer um ponto de fiscalização da Polícia Federal para controlar o tráfego internacional.
Já nas fronteiras do Brasil com a Guiana Francesa e Guiana, há dois pontos de controle, responsáveis pela imigração e pela repressão à entrada de drogas e armas.
Um deles fica em Oiapoque (Amapá), e o outro, em Bonfim (Roraima).
A unidade amapaense tem 14 agentes e cinco delegados para monitorar os 707 km de limites estrangeiros do Estado.
O Suriname faz fronteira com Amapá e Pará, sendo que 91% com o território paraense. No Estado, há cinco pontos de fiscalização internacional, mas nenhum deles é fronteiriço.
No total, há 27 pontos da PF espalhados pelas fronteira do país. Em toda a região Norte, com 10.948 km de fronteira amazônica com sete países, são 12 pontos, o que representa uma unidade a cada 912 km.
Na região Sul, só o Estado do Paraná, com 501 km de fronteira com Paraguai e Argentina, tem cinco unidades de fiscalização -o que corresponde à razão de um ponto a cada 100 km.
Outro exemplo de distribuição desigual ocorre na região Centro-Oeste.
O Mato Grosso do Sul tem 1.517 km de limites com Paraguai e Bolívia e cinco unidades de fiscalização fronteiriça. Já o Estado de Mato Grosso, com 780 km de fronteira seca com a Bolívia, é desprovido de pontos de controle.
Questionada pela Folha, a PF informou que o único assessor que poderia comentar o assunto estava incomunicável até o fim da tarde de ontem.


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