São Paulo, quinta-feira, 30 de março de 2000


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DIREITOS HUMANOS
Moscou reconhece abuso de suas tropas na região
Coronel é preso por estupro e assassinato na Tchetchênia


das agências internacionais

O governo russo informou ontem que um coronel de um regimento de tanques que atua na Tchetchênia foi preso por ter estuprado e assassinado uma mulher tchetchena.
É a primeira vez desde o início da guerra no território rebelde que Moscou reconhece abuso dos direitos humanos por membros de suas tropas.
"Um comandante de um regimento no território, coronel Budanov, humilhou uma cidadã tchetchena e depois a matou", afirmou Anatoli Kvashnin, chefe de Gabinete do governo russo, ao canal de TV RTR.
Kvashnin deu a entrevista logo após ter se encontrado com o presidente em exercício Vladimir Putin, a quem contou sobre o caso. Putin foi eleito presidente no último domingo e tomará posse em maio.
O chefe de Gabinete afirmou que o incidente era uma "exceção" na campanha russa no território, iniciada em setembro de 99. A Tchetchênia, formalmente uma região russa, havia conquistado autonomia quase total depois da guerra com os russos entre 94 e 96. Moscou reconquistou a maior parte do território, com exceção de algumas áreas no sul.
Em Moscou, a Duma (câmara baixa do Parlamento) rejeitou um pedido do Partido Comunista para que fosse retirada a imunidade do ex-presidente Boris Ieltsin.
Apenas 136 deputados, dos 450 da Duma, votaram a favor. Eram necessários 226 votos.
Ele tem imunidade por ser ex-presidente, de acordo com um decreto assinado por Putin pouco antes da renúncia de Ieltsin, em 31 de dezembro passado.


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