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ORIENTE MÉDIO
Sírios dizem que tropas saem antes da eleição
Incapaz de formar governo, premiê pró-Síria libanês renuncia pela 2ª vez
DA REDAÇÃO
O premiê do Líbano, Omar Karami, decidiu apresentar a sua renúncia pela segunda vez em menos de um mês devido ao impasse
político por que passa o país desde o atentado que matou o premiê
Rafik Hariri (1992-98 e 2000-04),
em 14 de fevereiro.
A decisão do premiê pode ser
tanto uma jogada para adiar as
eleições marcadas para maio
quanto uma demonstração de
que as forças pró-Síria do Líbano
estão enfraquecidas.
Aliado de Damasco, Karami
afirmou ontem que deixaria o
cargo porque não conseguira formar um governo de união nacional, com a inclusão de membros
da oposição.
Os opositores não aceitam fazer
parte de um governo que inclua
figuras ligadas à Síria. Segundo a
oposição, os sírios e seus aliados
em Beirute são os responsáveis
pela morte de Hariri. Damasco e o
governo libanês negam envolvimento no assassinato.
Hoje Karami deve apresentar
oficialmente a sua renúncia para o
presidente pró-Síria do Líbano,
Emile Lahoud. Em 28 de fevereiro, duas semanas após a morte de
Hariri, Karami renunciou ao cargo em meio a amplos protestos da
oposição nas ruas de Beirute.
Sem conseguir um nome forte
para o cargo que aplacasse a fúria
opositora, Lahoud decidiu reconduzir Karami ao posto de premiê
dez dias mais tarde.
Tanto Karami quanto Lahoud
enfrentam enorme pressão no Líbano desde a morte de Hariri e foram forçados a concordar com a
retirada das tropas sírias da maior
parte do Líbano, com a concentração das forças remanescentes
na fronteira entre os dois países,
no vale do Beqaa.
Antes da eleição
A Síria anunciou que vai apressar a retirada de suas tropas do
território libanês e negou que o
ditador Bashar al Assad tenha
ameaçado Hariri, como disse relatório da ONU. O chanceler sírio,
Farouq al Shara, afirmou que a
saída dos militares será completada antes das eleições de maio.
A promessa foi feita numa carta
enviada ao secretário-geral da
ONU, Kofi Annan. O embaixador
da Síria na ONU, Fayssal Mekdad,
disse à agência Reuters que um
comitê irá definir a data para a retirada até o fim desta semana.
Com agências internacionais
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